Gastos exagerados

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Situação é mais complicada! 

Um problema que parece ser pouco notado pelas pessoas é o consumo compulsivo. Ele não tem nada a ver com endividamento puro e simples ligado a fatores econômicos ou sociais e possui muito mais semelhança a uma doença. 

Para o psicólogo clínico Artur Scarpato, 36, o consumidor compulsivo é aquele que compra mais do que necessita, para satisfazer com o ato da compra e de ter um objeto. "Quando olhamos mais perto vemos que estas pessoas buscam um alívio para sensações de carência e ansiedade, e o mal-estar é provisoriamente apaziguado com o comportamento de consumo. Porém como o comprar não é o que de fato a pessoa precisa, ela estará sempre comprando, num processo que tende ao infinito", explica. 

Como é possível diferenciar esse tipo de quadro em relação a pessoas que não conseguem pagar suas dívidas por outros motivos? A essa pergunta a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari fez outro questionamento: "Por que esta pessoa não consegue pagar as suas dívidas?". Para Tessari, uma coisa é a pessoa ter dívidas por ter perdido o emprego ou alguma outra intempérie deste tipo. "Outra coisa bem diferente é aquela pessoa que contrai dívidas acreditando ser capaz de pagá-las no futuro, mesmo não tendo dinheiro disponível no momento para isso e nem sabendo de onde virá o dinheiro para tanto", considera. 

Tessari indica que uma pessoa está nesse quadro a partir do instante em que ela "compra por comprar" ou porque "o preço estava bom", sem que tenha alguma utilidade para se servir daquilo. "Ela não se preocupa como vai pagar, se tem dinheiro disponível para isso, vive comprando qualquer coisa e fica impaciente e ansiosa se passa algum tempo sem comprar nada. Vale dizer que o ato de comprar parece 'aliviar' a sua ansiedade", diz. 

"A insatisfação e a infelicidade estão muito presentes porque a alegria da compra se esgota rapidamente e a pessoa logo sente necessidade de buscar um novo alívio no consumo, como um drogado atrás da promessa de prazer na próxima dose", complementa Scarpato. 

Dificuldades em admitir problema 

Segundo Tessari, a pessoa com essa compulsividade em comprar nota o problema apenas quando não tem mais como conseguir dinheiro e seus gastos já estão sendo cobrados de forma tal que todos à sua volta questionem seu comportamento. Isso praticamente a obriga a rever suas contas. "Ela percebe seu problema quando a sua compulsão já ultrapassou todos os limites do seu crédito e, mesmo assim, muitas vezes, ela só admite o seu problema quando seus familiares ou companheiro(a) a pressionam ou a ameaçam de separação, de expulsá-la do convívio ou de denunciá-la", afirma. 

Scarpato aponta que uma forma de ajudar é mostrar a complexidade do problema e como isso tem impedido que o alívio acreditado não deve chegar, pois o ciclo da dívida nunca chega. "Muitas vezes a pessoa admite o problema mas não lhe dá o devido valor", alerta. De acordo com Scarpato, o consumo compulsivo é um estado de sofrimento psicológico que necessita atenção e cuidado profissional, pois as pessoas que possuem esse mal têm problemas afetivos compensados pela compra desenfreada. "É como se a pessoa tivesse um abismo de carências que ela tenta preencher com bolsas, carros, jóias, relógios, etc, mas que nunca satisfazem porque na verdade não é isto que está faltando. Parar e poder olhar para o vazio interior, para as suas reais necessidades é o que vai poder ajudar esta pessoa a interromper este ciclo perpétuo de sofrimento e ilusão", finaliza. 

Matéria publicada no site do Padre Marcelo Por Rodrigo Herrero em abril/2005

Outros textos disponíveis para leitura: 

Compulsão por compras 1 - 2 - 3 - 4 - Consumo Compulsivo 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8
Adolescência -  Amigos/Grupos -  Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão

Livros de Olga Tessari

Apontam caminhos para você resolver seus problemas

Conheça meus livros, escritos numa linguagem clara e simples para todos os públicos, apontando caminhos para resolver os seus problemas. Como dizem muitos leitores, são livros de cabeceira para serem consultados no dia a dia.
Saiba mais sobre os livros ...

livros de Olga Tessari

Consultoria Comportamental

Experiência na área desde 1984. Aprenda como ter bons relacionamentos, boa autoestima e como ser feliz! Saiba mais...

Cursos online

Realizados com Olga Tessari: baixa autoestima, ansiedade, estresse, medos, fobias, timidez, dificuldade de falar em público, problemas de relacionamento... Saiba mais...

Cursos e Palestras

Tenha momentos de descontração e bom humor, conhecendo e aprendendo mais sobre o comportamento humano. Administrados e apresentados por Olga Tessari. Conheça os cursos, palestras e contrate! Saiba mais...

Consulta

Marque sua consulta com Olga Tessari de forma presencial em seu consultório ou via internet, através de chat, e-mail ou vídeo. Saiba mais..

instagram twitter facebook google linkedin youtube flickr vimeo

Site de informação, divulgação e de orientação sobre problemas do ser humano de origem emocional, respaldado em pesquisas científicas. As informações contidas nesse site têm caráter educativo e informativo e não descartam, em hipótese alguma, as consultas com um psicólogo ou um médico. Leia: Normas de Conduta- Política de Privacidade

ATENÇÃO! Todo o conteúdo desse site está registrado e protegido pela lei de direitos autorais. A cópia sem autorização é crime sujeito às penas da lei: não seja o próximo a ser processado judicialmente! Proibida a reprodução integral ou parcial, para uso comercial, editorial ou republicação na internet mesmo que citada a fonte (Inciso I Artigo 29 - Lei 9610/98). Quer publicar ou copiar os textos do site? Fale comigo

OLGA TESSARI não tem equipe, trabalha sozinha! Também não patrocina, não apoia e nem indica o kit ajuda sentimental ou qualquer outro similar - saiba a visão dela sobre isso!

Consultório:
Rua Dona Avelina, 346. Vila Mariana, São Paulo/SP (mapa)
Tel: (11) 2605-6790 e (11) 99772-9692
Atendimento também pela internet via chat, e-mail ou vídeo;