Olga Tessari

O que é Síndrome ou Transtorno do Pânico?

Texto de © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

AVISO!!

SE VOCÊ PENSA QUE SOFRE DE PÂNICO, PROCURE AJUDA ESPECIALIZADA!

Somente um médico ou psicólogo poderão fazer um diagnóstico correto!


O tratamento é eficaz!

O QUE É O PÂNICO? 

O pânico nada mais é do que uma crise muito forte e intensa de ANSIEDADE. 

A ansiedade vai se elevando e, aos poucos, acaba superando o limite aceitável do nosso organismo e do nosso emocional: nesse momento, surge a crise do pânico. (Leia aqui neste site o texto que explica melhor o que é ANSIEDADE). 

Uma crise de pânico pode durar vários minutos e é uma das situações mais angustiantes e desesperadoras que uma pessoa pode experimentar na vida. 

A grande maioria das pessoas que tem uma crise de pânico terá outras se não fizer o tratamento adequado. 

SINTOMAS: 

Os sintomas do pânico aparecem de repente, sem nenhuma causa aparente. Suor frio e abundante, dor no peito, palpitações, falta de ar, tremores, palidez, rigidez, calafrios ou ondas de calor, formigamento das mãos e pés, fraqueza, sensação de que vai desmaiar, tonturas, vertigens, sensação de engasgo com alimentos, irritabilidade, diarréia, labirintite, reflexos intensificados, náuseas, boca seca, dificuldade de respirar, sensação de estar sonhando (distorções de percepção da realidade), medo de perder o controle e fazer algo embaraçoso, sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento; medo de morrer ou de loucura iminente. 

As crises de pânico, na verdade, são reações de alerta do organismo. Essas reações, normalmente, são desencadeadas em situações onde há uma percepção de um perigo real ou de um momento de emergência: é um conjunto de mecanismos físicos e mentais do organismo que permitem que a pessoa reaja a uma ameaça e que cumpre uma importante função para a sobrevivência da pessoa. 

Nas crises de pânico a reação de alerta do organismo é desencadeada desnecessariamente, sem qualquer perigo iminente: é como se o organismo reagisse como o alarme de um carro, muito útil em situações em que há o perigo do carro ser roubado. Para algumas pessoas, esse alarme dispara sem qualquer motivo aparente (é como se o alarme estivesse com defeito, tocando à toa). 

Para piorar mais ainda a situação, é comum as pessoas que têm uma crise de pânico passarem a sentir medo de ir novamente aos locais onde a crise aconteceu, pensando que se ela for até lá, isso pode desencadear outra crise. Quem tem uma crise dentro de um carro, por exemplo, passa a não querer mais dirigir. Se a pessoa tiver uma crise num lugar fechado e cheio de gente, ela passará a não querer mais entrar em shopping centers, supermercados, bancos, etc. Ela pode desenvolver medos irracionais em relação a essas situações, começar a evitá-las, procurando fugir delas a qualquer custo. Em muitos casos, o medo de ter outro ataque de pânico pode levar a pessoa a sentir-se incapaz de dirigir ou mesmo de sair de casa, por exemplo. 

O pânico é real e potencialmente incapacitante e, por conta dos seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou uma outra doença grave. As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira "via-sacra" a diversos especialistas e, após uma quantidade enorme de exames, ouvem o médico dizer que "não é nada", apenas estafa, nervosismo, estresse, fraqueza emocional ou problema de cabeça, o que aumenta sua insegurança e seu desespero. 

A pessoa que têm a crise de pânico questiona: "como posso não ter nada (nenhuma doença), se eu tenho uma série de sintomas físicos reais?". Na dúvida, lá vai a pessoa de novo atrás de outros especialistas e exames. Isto pode criar uma falsa impressão de que não há um problema de fato (apenas invenções da mente) e de que não existe tratamento para tal problema. 

Ledo engano! 

As pessoas que têm pânico, em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos) e estão na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do pânico costuma apresentar muitos aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas no nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são muito exigentes consigo mesmas e não convivem bem com erros ou imprevistos, pois têm tendências perfeccionistas com excessiva necessidade de estar no controle e de ter a aprovação dos outros; têm tendência a se preocuparem demais com os problemas do dia a dia, possuem alto nível de criatividade, possuem autoexpectativas extremamente altas e seu pensamento é rígido; costumam reprimir seus sentimentos e manifestam uma grande tendência a ignorar as necessidades físicas do seu corpo, entre outras características. Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de estresse acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando, assim, um desequilíbrio bioquímico e, conseqüentemente, o aparecimento dos ataques ou crises de pânico. 

Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade cerebral e o medo, promovendo alterações químicas cerebrais que podem levar ao pânico. 

Tenha certeza de que você não tem nenhum dos seguintes problemas que podem causar ou agravar o problema do pânico: hiperventilação constante, problemas de tireóide, hipoglicemia, prolapso da válvula mitral, síndrome pré-menstrual, labirintite, uso indevido de drogas ou ingestão excessiva de cafeína (café, mate, guaraná). 

TRATAMENTO 

Em primeiro lugar, é importante buscar um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes. Esses medicamentos são capazes de interromper as crises de pânico de forma efetiva. Eles agem no cérebro, regularizando as áreas cerebrais aonde essas crises são desencadeadas. Não são, portanto, simples "calmantes", mas verdadeiros regularizadores do funcionamento cerebral. 

Mas é importante ressaltar que a medicação apenas restabelece o equilíbrio bioquímico cerebral. Se a pessoa não modificar os seus padrões de comportamento, ela irá desencadear novamente o desequilíbrio bioquímico e, consequentemente, terá novamente outras crises de pânico. 

O tratamento medicamentoso deve ser realizado juntamente com um tratamento psicológico!

É preciso acabar com outro problema de quem tem pânico. Trata-se do medo das crises de medo! Em geral, quem tem pânico fica condicionado a achar que vai morrer quando a crise começa. Resultado: quando a pessoa sente pequenos sintomas que lembram a crise, ela já é dominada por esse medo, sua ansiedade se eleva em demasia, o que acaba provocando uma crise completa de pânico. 

Quando a psicoterapia (tratamento com psicólogo) é aplicada corretamente e em conjunto com a medicação adequada, consegue-se melhora acentuada ou ausência total dos sintomas em 80% das pessoas, num prazo bastante rápido. Para o sucesso do tratamento, é importante que a pessoa possa aprender a lidar com seus limites e as adversidades da vida de uma maneira bem menos estressante. Em última análise, trata-se de estabelecer uma nova forma de viver onde se priorize a busca de uma harmonia e do equilíbrio pessoal. 

O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É essencial que a pessoa que sofre pânico entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e siga o tratamento até o final para obter resultadod duradouros! 

É importante salientar que o pânico não é loucura, nem "frescura". 

Infelizmente é comum que os distúrbios psíquicos sejam interpretados como simples fraqueza de caráter, o que não é verdade! 

A pessoa que sofre com o pânico, vive com medo do medo e necessita de alívio e proteção! 

Lembre-se: apesar de trazer muito sofrimento, o pânico tem solução e não é uma doença grave! 

Procure tratamento especializado: um psicólogo e/ou um médico o orientarão sobre as medidas necessárias para acabar com esse problema!

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