Olga Tessari

Eu vivo repetindo meus erros!

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Repetir atitudes negativas é sinal de falha no senso crítico 

Você já deve ter encontrado alguém em seu caminho que passa várias vezes pelo mesmo problema. Talvez aconteça até com você: quando menos espera se pega repetindo atitudes que muitas vezes podem prejudicá-lo. O que, afinal, ocorre com nosso interior que nos leva a cometer erros que já deveriam estar corrigidos? 

Os primeiros padrões que aprendemos começam durante nossa infância; é nessa fase que os familiares fazem parte do processo de aprendizagem. Até a adolescência vamos repeti-los e começar a questionar todos os valores adquiridos até o momento. A partir daí formamos nossa própria identidade, podendo optar pela continuidade de ações espelhadas de pessoas próximas ou até uma mescla delas com atitudes aprendidas fora de casa. "É comum padrões serem repetidos, pois foram essas as vivências que circundaram o processo de formação de personalidade da criança. A identidade só é constituída nas trocas de ambientes do cotidiano", explica a psicóloga Mariana Chalon. 

Alguns exemplos podem ser bem ruins na etapa de formação de uma criança, como pais que se agridem física e verbalmente ou até mesmo atos de repressão. Seria mais lógico que ao crescer, essa criança na fase adulta optasse por não ter as mesmas atitudes que já trouxeram tanto sofrimento. Mas, como explica a psicóloga Lia Maria Brocceti, algumas pessoas agem igual aos pais por terem a ilusão de estarem agradando ao se portar como eles, fazendo o que faziam e sentindo o que sentiam. "Repetir atos que nos foram ruins é negativo frente aos resultados que obtemos, porém é satisfatório porque continuamos pertencendo àquele grupo", afirma Lia. 

O que leva uma pessoa a repetir esses padrões é a necessidade de agradar os outros; se não tivermos consciência dos motivos que nos levam a viver dessa forma vamos continuar repetindo-os, mesmo que não queiramos. 

São atos do nosso inconsciente que nos levam a agir dessa maneira. O psicanalista Miguel Ruivaco esclarece que ações assim acontecem em casos onde exista uma prática de imposição e austeridade que não permitem questionamentos. São métodos retrógrados do "cumpra-se", levando na maioria dos casos o indivíduo à submissão. "Ao invés de mudar, ele repete por desconhecimento, falta de opções e por haver eliminado seu senso crítico e de iniciativas de transformação", analisa. 

Agir como nossos pais pode interferir de maneira destrutiva quando os exemplos não são bons. Pais infelizes e agressivos estabelecem padrões de omissão e indiferença que irão gerar no adulto sentimento de solidão e dificuldade de relacionamento. 

Como para toda regra há exceção, nem sempre os exemplos que temos quando crianças vão determinar o adulto que seremos. Esse processo vai depender de como o adotamos. Se com o passar dos anos desenvolvermos o senso crítico poderemos estabelecer o que é bom ou ruim sem ficar presos aos padrões impostos. Se percebermos que as atitudes tomadas por um grupo são inadequadas, a tendência é não adotarmos o mesmo comportamento. 

Para corrigir esses atos que partem do nosso inconsciente, a psicóloga Olga Tessari conta que primeiro é preciso tomar consciência de seus erros e depois querer mudar. "É necessário avaliar cada um dos fatores que nos leva a persistir nos mesmos erros, aprender a lidar com eles e superá-los para depois promover uma mudança efetiva." 

Matéria publicada a Revista Sua Escolha por Ana Carolina Contri

Outros textos disponíveis para leitura: 

Adolescência -  Amigos/Grupos -  Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão

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