Olga Tessari

Como explicar a separação para os filhos?

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

O diálogo é fundamental para evitar o sofrimento dos filhos 

Cada dia mais comuns, os casos de separação geram alguns sentimentos difíceis de lidar, tanto para os adultos que estão se separando, como para os filhos, que mudam de vida de uma hora para a outra sem direito de escolha. 

Em entrevista ao Terra, psicólogos e até mesmo alguns filhos que enfrentaram a separação de seus pais falaram um pouco mais sobre esse assunto e compartilharam suas experiências. 

Os pais do comerciante Leandro Rosa de Abreu, 21 anos, se separaram em 1995, quando ele tinha 9 anos. Segundo ele, o divórcio foi motivado pelas constantes brigas e também por causa da traição do pai. "No fim das contas, a separação dos meus pais já era algo esperado. A gente (ele e os dois irmãos) vivia uma espécie de guerra entre o meu pai e a minha mãe. O divórcio melhorou e muito o clima na casa", diz. Leandro conta que até hoje seus pais não mantêm um bom relacionamento, mas acabam dando uma trégua em nome dos filhos. 

Para a psicóloga Olga Inês Tessari, o respeito mútuo é fundamental para evitar traumas futuros nas famílias. "As pessoas têm de sentar e conversar, dialogar, ter a consciência de que a relação terminada é a amorosa (homem-mulher), mas pai e mãe são para sempre e por isso devem respeito um ao outro", afirma Olga. 

Daniela Levy, psicóloga especialista em psicologia infantil, acrescenta que os pais podem auxiliar no processo de adaptação após a separação do casal quando conseguem colocar os filhos em primeiro lugar. "Se o casal continua sendo um casal no sentido de serem pais, a criança é evidentemente favorecida e tudo é mais fácil de ser explicado", enfatiza Daniela. 

A jovem estudante Vanessa Dias, 18 anos, conta que ao nascer já tinha os pais separados e mesmo assim nunca sentiu falta de ter pai e mãe na mesma casa porque as famílias sempre foram muito amigas e sempre conversaram. "Para mim é tudo natural, não consigo imaginar os dois morando juntos. As famílias são amigas e se dão bem, então não sinto falta de ter uma só casa", fala a estudante. 

Todos - filhos e psicólogos - são unânimes em dizer que a pior situação que pode acontecer em casos de divórcio é quando os filhos se sentem culpados pelo rompimento. 

Arthur Chioramital, 24 anos, cujos pais são separados desde seus 7 anos, afirma que conseguiu encarar a separação de uma melhor forma porque o motivo da separação sempre ficou muito claro para ele e sua irmã Michele, 25 anos. "Quando os filhos se sentem culpados pelo que aconteceu o trauma certamente será muito maior. No meu caso, a separação foi natural. Meus pais não chegaram a brigar, só viram que a partir de certo momento não davam mais certo juntos". 

De acordo com a psicóloga clínica Heloisa Garbuglia, os pais devem tornar a situação o mais natural possível. Apesar de as separações sempre causarem traumas nas famílias, com o tempo tudo acaba se acertando. "O tempo é o melhor remédio para que os filhos aceitem as separações de seus pais. Em Psicologia dizemos que cada um tem seu tempo. Encarar a realidade de uma forma sincera e sensata sempre será a melhor opção para separações menos traumáticas", finaliza. 

12 conselhos que podem tornar as separações menos traumáticas 

Segundo as psicólogas e os filhos de casais separados, algumas atitudes bem simples podem fazer com que a situação do divórcio possa ser encarada com mais naturalidade: 

•Deixar bem claro para todos que o que termina é apenas a relação homem-mulher e não pai-mãe 

•Manter o diálogo sobre as questões do divórcio, como razões e a custódia dos filhos 

•Evitar passar a idéia de que o filho é o culpado pelo rompimento 

•Os pais devem evitar falar mal um do outro na frente dos filhos 

•Não usar os filhos como "espiões" da situação do pai ou da mãe 

•Não discutir particularidades como quem vai às reuniões escolares, quem paga as contas da escola e outras coisas na frente dos filhos 

•Não usar os filhos como "moeda de troca" ou poder de barganha 

•Ter o bom senso sempre 

•Ouvir a opinião dos filhos, que também estão envolvidos com a decisão do divórcio 

•Os pais devem procurar falar a mesma língua e não anular a autoridade um do outro com ordens muito divergentes 

•Deixar claro que o lugar de pai e mãe é sagrado e possíveis madrastas e padrastos não irão tomá-los 

•E, acima de tudo, amar os filhos independentemente das relações de marido e mulher. 

Matéria publicada no site Terra Mulher

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