Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Preocupação!
Quando uma mulher tem a maioria da sua gordura corporal intra-abdominal
e distribuída à volta do estômago e do tórax, é chamada de andróide
ou freqüentemente conhecida como forma de "maçã" na literatura anglo-saxônica.
J
á a gordura corporal distribuída pelas ancas, coxas e nádegas é chamada
de ginóide, ou freqüentemente conhecida como forma de "pêra". Este último
tipo é o mais comum nas mulheres.
Atualmente, a preocupação com relação à obesidade é um assunto de
enfoque mundial, e pode-se encontrar uma farta bibliografia acerca do assunto.
Livros didáticos, nos quais médicos dão seus depoimentos e expõem o problema
da obesidade. Os livros são de fácil compreensão para que cada vez mais
pessoas informem-se e inteirem-se da gravidade do tema e, de alguma maneira
possam tirar proveito de todo o conhecimento, evitando, assim, chegar à
tão temida obesidade.
Muitas revistas femininas tratam do assunto com clareza, para facilitar
a compreensão das mulheres que não têm tempo de ler um livro. Dão dicas
de como alimentar-se adequadamente, algumas vezes indicam médicos, qual
tipo de atividade física é a mais correta para cada caso. De certa forma,
dão um pouco de segurança para a mulher que não tem tanto tempo disponível
no seu dia-a-dia.
Esse tipo de revistas voltadas, exclusivamente, para a saúde da mulher
dá respostas para as angústias das mulheres e elas, por sua vez sentem-se
mais seguras para detectar os problemas que as afligem. Na Internet, as
mulheres que conseguem fácil acesso encontram vários sites, nos quais médicos,
como Drauzio Varella, falam sobre essa prevalência que cresce assustadoramente.
Explicam de uma forma didática e de fácil compreensão. Na televisão, Dráuzio
Varella tem um quadro no programa do "Fantástico", que a cada domingo fala
sobre o que acontece com o corpo do ser humano com relação às doenças relacionadas
e ou geradas pela obesidade.
Ultimamente fala-se muito em obesidade e suas causas. Deve-se pesquisar
o motivo pelo qual a mulher chegou a tal ponto de gordura, e descobrir
as causas desse distúrbio, para verificar se é de fundo emocional ou hormonal.
Fala-se muito em compulsão alimentar. A psicóloga Olga Inês Tessari, em
entrevista para a jornalista Elaine Daffara, no site Mulher Atual, explica
que muitas mulheres sofrem de compulsão alimentar."Este distúrbio pode
ser causado por fatores fisiológicos, como regimes repetidos e os muitos
restritos. Mas, em grande parte, deve-se a fatores psicológicos. Por isso,
medicamentos só devem ser usados em caso de obesidade mórbida ou para dar
estímulo inicial ao tratamento, que deverá continuar com uma reeducação
alimentar, orientada por um nutricionista, um endocrinologista e um psicólogo."
A compulsão é causada pelo desejo de preencher um vazio que nunca
acaba, é como se fosse um buraco bem fundo, e quem sofre desse distúrbio
não pára de comer até que o alimento acabe. Em geral, a compulsiva come
sem ter fome e não se satisfaz. Na maioria das vezes, preferem os doces,
principalmente os chocolates. A explicação é simples, pois o chocolate
estimula a serotonina, substância do cérebro ligada à sensação de prazer
e, com isso, alivia a depressão e a ansiedade.
Há também, doenças relacionadas com hormônios que podem levar ao
aumento de peso, se não tratados. O hipotireoidismo é a deficiência de
hormônio da tireóide. Nele a necessidade calórica torna-se reduzida, pois
ocorre diminuição do metabolismo. O percentual de hipotireoidismo subclínico
é alto, mas ele não leva à obesidade. Embora o metabolismo fique mais lento,
a pessoa come menos, pois sente menos fome. Seu peso aumenta porque ela
incha. Por isso não se deve combater a obesidade com os hormônios da tireóide
e deve ter um controle rigoroso, sobre estes.
O controle do peso será mais fácil e bem sucedido se encararmos a
dieta como uma aliada e não inimiga. Por isso é bom manter-se sempre em
forma e com uma alimentação saudável. Procurar fazer visitas periódicas
a um médico, para prevenir o surgimento de doenças e ou minimizar suas
complicações. Reduzir as calorias e praticar exercícios físicos serão mudanças
positivas na dieta e no estilo de vida que irão proporcionar perda de peso,
e não de vida, para a maioria das mulheres.
Matéria publicada no Jornal Ponto e Vírgula - Das Faculdades Integradas
Hélio Afonso
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