Texto de © Dra Olga Inês Tessari
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Autoestima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria,
de se sentir capaz de poder enfrentar os desafios da vida, é saber expressar
de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos,
é ter amor próprio...
Em suma, é saber que você tem o direito e merece mesmo ser feliz!
E para ser feliz, sua autoestima deve estar num bom nível, quanto maior,
melhor!
A baixa autoestima gera ansiedade, medo, depressão, fobias, enfim,
uma série de outros problemas!
As pessoas costumam confundir autoestima com egoísmo! Uma pessoa
com boa autoestima nunca é egoísta! Ao contrário!!! Aquele que ama a si
próprio, respeita-se e, automaticamente, respeita as outras pessoas e jamais
desejará prejudicá-las. O egoísta, por sua vez, só pensa em si próprio,
nunca se importando com ninguém!!
E quem são as pessoas com baixa autoestima?
Quais são os seus traços característicos mais comuns?
Geralmente são pessoas que...
- possuem tendências perfeccionistas e que precisam se sentir no controle
de tudo o que acontece a sua volta, o que provoca alto nível de estresse;
culpam os outros pelos seus problemas (sempre se consideram vítimas);
- reagem rapidamente com raiva e esta é quase sempre dirigida de
maneira errada para a pessoa errada;
- temem correr riscos;
- dificilmente encaram os outros nos olhos por muito tempo;
- têm pouca concentração e geralmente são causadores de problemas;
- têm pouca habilidade em ficar focado em algo por muito tempo;
- constantemente estão cometendo erros e tendo acidentes (especialmente
de carro);
- tendem a ser negativistas;
- com freqüência não dão certo no casamento porque se casaram pelos motivos
errados;
- tendem a abusar de álcool, drogas ou fumo;
- geralmente estão acima do peso normal;
- preocupam-se demasiadamente com as críticas e comentários dos outros
a seu respeito.
- por preocuparem-se demais com o que os outros pensam sobre elas,
as pessoas com baixa auto estima evitam, a todo custo, emitir suas opiniões,
gostos, valores, pensamentos e sentimentos.
A baixa autoestima revela uma pessoa que não expressa os seus sentimentos,
que os guarda a sete chaves. Na tentativa de ocultar os seus sentimentos
para os outros, ela acaba tornando-se mentirosa para si mesma!
Um exemplo para entender melhor:
Você está muito triste, mas não quer que seu amigo/a saiba (digamos que
você deseja passar a imagem de uma pessoa "forte", que nunca demonstra
momentos de infelicidade, de "fraqueza").
Pois bem... Você estará mentindo para si mesmo e quando faz isso, você
se sente diminuído e o o seu amor próprio também diminui drasticamente!
Oras, se não queremos que o outro saiba o que sentimos, vamos, pouco a
pouco, evitando manter relações interpessoais, pois não queremos correr
o risco de, sem querer, revelar nossos verdadeiros sentimentos.
Mas o que faz uma pessoa querer guardar os seus sentimentos para
si própria quando o natural é sempre querer expressá-los?
Há várias razões para isso!
Ela pode ter crescido num ambiente de pouco amor e afeto, onde não se
encorajava a expressão das emoções, mas ela pode, também, ter optado em
não expressá-los com receio de gerar brigas no ambiente familiar ou mesmo
por achar que suas emoções seriam mal entendidas ou que, ao revelá-las,
estaria magoando alguém.
Não importa qual tenha sido o motivo que leva uma pessoa a ocultar
suas emoções: manter as emoções ocultas internamente gera a diminuição
da autoestima!
Mesmo que alguém tenha a vida toda tentado guardar seus sentimentos, esta
pessoa não está destinada a sofrer seus efeitos negativos para o resto
de sua vida, a menos que ela faça esta escolha.
E por que alguém iria querer viver em um estado de baixa autoestima?
Não existe comportamento sem uma motivação ou objetivo: todo comportamento
tem um propósito. Pode ser um modo de chamar a atenção para nós mesmos,
ou dar a si mesmo(a) uma desculpa para o seu próprio fracasso, por exemplo.
E se você quer parar de sofrer, está na hora de começar a mudar.
Nunca é tarde para isso!
E por onde você vai começar?
Primeiro, comece com você. Você precisa construir o seu amor-próprio.
E se não consegue fazer isso sozinho, busque a ajuda profissional de um
psicólogo!
Quanto mais verdadeiro(a) você for com você mesmo(a), melhor será o conceito
que você tem de si mesmo(a) e maior será a sua autoestima.
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