Entrevista com Dra Olga Inês Tessari
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*A frase do título é de autoria do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare
Com a beleza supervalorizada e um padrão estipulado pela sociedade,
muitas mulheres têm uma visão distorcida de sua própria imagem.
Costumamos admirar o que é belo, mas, dificilmente, comtemplamos a nós
mesmos. Será que é pior que não nos consideremos bonitos?
Um estudo feito pelo instituto de pesquisas Ideafix, a pedido da Mentor
Worldwide LLC, fabricante de produtos médicos, com 400 mulheres, de
18 a 45 anos, mostrou o quão insatisfeitas elas são com a aparência. As
de 30 a 34 anos são as menos satisfeitas com a própria beleza.
De acordo com a psicóloga, psicoterapeuta e escritora Olga Tessari, o
conceito de beleza varia de cultura para cultura e tem se alterado
ao longo da história. “Na Idade Média, belas eram as mulheres gordas, que
tinham condição de se alimentar em uma época em que o alimento era escasso.
Num país tropical como o nosso, os corpos estão mais expostos: valoriza-se
o magro como beleza e também como símbolo de saúde. Penso que a beleza
seja algo tão valorizado em nossa sociedade por conta da falta de educação,
de valores e de cultura: se as pessoas fossem mais cultas, valorizariam
mais a essência do que a aparência do ser humano. No dia a dia, a beleza
de uma pessoa facilita um primeiro contato, abra portas, cria uma impressão
favorável e uma predisposição positiva nas pessoas – tendemos a acreditar
que uma pessoa é boa e inteligente simplesmente porque é bela. No conceito
biológico, teoricamente, o belo seria o melhor reprodutor da espécie e,
por isso, é o mais valorizado”, considera.
Com o objetivo de estimular a reflexão sobre padrões de beleza impostos
pela sociedade, a marca Dove, da empresa Unilever, lançou, em 2004,
a “Campanha pela Real Beleza”, em que colocou à prova a ideia que as mulheres
têm sobre a própria beleza. Em uma dos experimentos da campanha, algumas
norte americanas foram convidadas a descrever detalhadamente seus rostos
e, sem saber, o desenhista forense do FBI, Gil Zamora, os desenhava a partir
destes detalhes. Depois, o mesmo rosto era descrito por outra pessoa.
O que perceberam foi que as próprias mulheres se descreviam enfatizando
alguma característica que não gostavam como pintas, cicatrizes etc.,
enquanto o relato da outra pessoa era mais sutil. O resultado foi a visão
sobre a própria imagem destas mulheres era distorcida.
A psicóloga Olga Tessari acredita que a razão desse comportamento está
relacionada aos valores da nossa sociedade. “Aliado a isso, a cultura
religiosa prega que devemos ser humildes, modestos e que sempre podemos
melhorar, o que colabora para que a autoestima das pessoas seja diminuída.
Além disso, como dificilmente a pessoa em geral não tem a beleza perfeita
que se apregoa nos meios de comunicação e que valoriza a imagem de um ideal
de perfeição (corpos esculturais e rostos perfeitos), que não se enquadra
nesse padrão sente-se diminuído, não aceito ou excluído do meio social,
o que faz com que se vejam mais feios do que são na realidade, justamente
porque não tem o padrão de beleza ‘exigido’ socialmente.”
As pesquisas realizadas pela Dove sobre o assunto, divulgadas há
dois anos, ouviu 6.400 mulheres de 20 países e mostrou que apesar de o
índice de brasileiras que se consideram bonitas ser um pouco maior que
a de outros países (14%), ainda é bastante baixo. Em todo o mundo, mais
da metade (quase 60%) das entrevistadas admitiram sentir pressão da sociedade
(12%), dos amigos e família (9%), e da mídia (6%) para ser bonita. A ‘Campanha
pela Real Beleza’ foi lançada para que mulheres de todo o mundo pudessem
enxergar a própria beleza e seu potencial. A partir daí, a marca patrocinou
uma pesquisa mundial para investigar como as mulheres encaravam sua beleza
e reagiam à pressão dos padrões estabelecidos pela mídia. Após seis anos
do primeiro estudo sobre a real beleza, Dove voltou a campo em uma pesquisa
de escala global, ‘A Verdade sobre a Real Beleza’, demonstrando que a autoestima
das mulheres e a confiança nelas mesmas ainda têm muito a melhorar. A marca
conversou com mais de 6.400 mulheres, com idade entre 18 e 64 anos, de
20 países entre desenvolvidos e em desenvolvimento, incluindo 300 mulheres
brasileiras ao universo.
A pesquisa revelou um paradoxo: 80% das mulheres enxergam a beleza
nas outras, concordando que toda mulher tem algo que é belo, mas não conseguem
reconhecer a sua própria beleza. “A ambição de Dove é ser fonte de transformação
positiva para ajudar as mulheres a abraçar a beleza individual, construindo
uma autoestima positiva, inspirando-as a realizar seu pleno potencial por
meio de cuidados consigo mesmas”, esclarece a gerente de marketing de Dove
Masterbrand, Denise Door.
E os homens?
Olga Tessari acredita que as mulheres competem entre si em busca de quem
é a mais bela, a que está mais arrumada e qual é a mais vistosa e,
é por isso, que são tão críticas com sua aparência, diferente dos homens
que, tradicionalmente, se importam menos com isso. “Tanto que é comum vermos
mulheres extremamente arrumadas e bem vestidas/produzidas ao lado de homens
em trajes mais simples. Mas tenho observado que os homens, aos poucos,
têm se preocupado mais em melhorar a sua aparência, fazendo uso de cremes,
frequentando clinicas de estética, sem contar a obsessão em fortalecerem
os músculos e parecerem mais fortes, muitas vezes fazendo uso de anabolizantes
sem se importar com o prejuízo que provocam à saúde, importando-se apenas
em parecerem mais fortes e musculosos para se sentirem ‘mais belos’.”
Para Olga Tessari, a busca incessante por uma aparência perfeita
– que seria sinônimo de beleza na sociedade atual – muitas vezes, revela
a ausência de amor próprio e de autoconfiança. “As pessoas que não acreditam
em si mesmas precisam se sentir aceitas, reconhecidas, valorizadas e necessitam
de uma aprovação externa. Desta forma, buscam na manutenção de uma boa
aparência – e até fazendo loucuras para se manterem belos – a segurança
de se sentirem aceitos, uma vez que vivemos numa sociedade que associa
beleza e aparência a pessoas de sucesso e seguras de si”, finaliza.
Matéria publicada no Jornal APCD - Ano 48 – N° 679 - Novembro de
2013 por Swellyn França
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