Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página
::: ATENÇÃO! :::
Bulimia e Anorexia são problemas muito sérios que devem ser tratados ao
mesmo tempo e em conjunto
com médico, psicólogo, educador físico e nutricionista
Entenda a doença!
Um dado alarmante: a anorexia atinge 1,7 milhão de brasileiros. O que
fazer quando a beleza vira uma obsessão? Como entender e vencer essa
doença, que ainda é motivo de tantas dúvidas e acaba resultando em tragédias
irreparáveis?
História
Etmologicamente, o termo anorexia deriva do grego "an-", deficiência ou
ausência de, e "orexis", apetite. Também significa aversão à comida,
enjôo do estômago ou inapetência.
O primeiro caso de anorexia registrado, foi o da jovem Catalina de Sien, nascida
e 1347, na Argentina. Aos 26 anos, ela viveu o drama familiar de ter sua
vocação religiosa contestada pelos pais, que sonhavam ver a filha casada. Em
desarmonia com a família, ela passou a viver trancada em seu quarto,
sem comer. Até que conseguiu ingressar em uma ordem dominicana. Porém,
nessa época, já registrava a metade do peso normal para uma pessoa com
o seu biótipo.
O nome de Catalina ficou famoso após sua morte, aos 28 anos. Mesmo
com uma breve história de vida, ela conquistou devotos, foi canonizada
e originou o primeiro Monastério feminino da Argentina.
Um outro dado curioso indica que, na idade média, já apareciam registros
de anorexia. Na época, ficar sem comer era sinônimo de santidade. Daí essa
anorexia ser batizada de "Anorexia santa".
O que é ?
Trata-se de transtorno alimentar no qual a pessoa deixa de se alimentar
e, consequentemente, passa a registrar um emagrecimento fora do comum,
chegando a ficar abaixo do peso mínimo normal para seu tipo físico. A doença
atinge, na maioria dos casos, jovens do sexo feminino que acreditam estar
gordas demais.
Entenda a doença
Um texto publicado pela Dra. Olga Inês Tessari, em seu site
Ajuda Emocional, esclarece que, "segundo estatísticas, das pessoas que sofrem de
anorexia e bulimia, apenas um terço consegue se recuperar, e cerca de 20%
morrem, em função do estado agudo de desnutrição".
Vítimas da doença apresentam peso corporal em 85% ou menos do nível normal.
Essa magreza excessiva provoca complicações renais, hormonais, gástricas
e até parada cardíaca.
Algumas garotas chegam a manifestar ausência de menstruação por mais
de três meses. Isso resulta em sérios danos ao sistema reprodutor feminino.
Muitas meninas que sofrem dessas doenças demoram a descobrir e, quando
descobrem, negam estar doentes.
Estimuladas pelas modelos das revistas e televisão, elas vão em busca
de um padrão físico diferente do que possuem geneticamente.
Em geral, esse transtorno começa a se manifestar em meninas entre 14 e
18 anos.
Menos de 10% dos pacientes são homens.
É comum que a pessoa negue, quando questionada sobre a possibilidade de
ter o problema.
Danos intestinais em caso de uso excessivo de laxativos
Problemas renais devido ao uso excessivo de diuréticos
Anemia
Osteoporose.
O anoréxico passa a viver um medo insano de ganhar peso. Isso gera uma
distorção de imagem corporal. A simples ideia de vir a ganhar gramas,
apavora e gera angústia.
Tratamentos
O tratamento geralmente é demorado e representa um desafio ao paciente
e familiares. Depois da fase aguda, é importante um acompanhamento
médico, para que não tenha recaídas.
A doença deve ser tratada por médicos especialistas, geralmente psiquiatra,
psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista.
Ao diagnosticar a anorexia nervosa, o médico deve avaliar se o paciente
está em risco iminente de vida, requerendo inclusive a internação.
É preciso reidratar o organismo, recomeçando a alimentação à base de soros
e líquidos (o estômago reduzido por não comer há tempos, não suporta
alimentos sólidos).
Depois desta primeira fase, será possível introduzir alimentos pastosos, gradualmente,
até chegar aos sólidos.
A pessoa também vai precisar reaprender a conviver com os outros
durante as refeições, entrar em supermercados, fazer compras, ir a festas,
participar dos almoços com a família, enfim, voltar a lidar com o lado
social da comida.
Não há medicação específica indicada. O uso de antidepressivos deverá
ser decidido pelo médico responsável. Pode ser eficaz, se houver persistência
de sintomas de depressão após a recuperação do peso corporal.
Matéria publicada no site O Fuxico
Anorexia-Bulimia - Obesidade - Adolescência - Amigos/Grupos - Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão
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