Texto de © Dra Olga Inês Tessari
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Sentir-se amado!
Toda e qualquer pessoa necessita sentir que alguém a ama e a admira, mesmo
com todos os defeitos que ela possa ter!
Dentro de uma família, ela sempre se sentirá amada e aceita,
por mais rude que a família seja, por mais terrível que seja o seu erro
(após passado o primeiro momento de raiva e de aborrecimento que ele provoca).
A família sempre deve apoiar os filhos em tudo o que eles fazem,
desde que sejam coisas razoáveis (dentro das regras familiares), e é ela
quem promove o sentido de segurança aos filhos.
A família é a célula mater da sociedade, o lugar onde se desenvolvem
as estruturas psíquicas, onde a criança forma a sua identidade e desenvolve
o seu emocional.
A família determina funções, papéis e a hierarquia entre seus membros;
é também o espaço social da confrontação de gerações e onde os dois
sexos (masculino e feminino) definem suas diferenças e as relações de poder.
A família tem como função educar os filhos e prepará-los para o convívio
social.
Dentro de uma família (pais e filhos) podemos definir dois tipos
básicos de relações:
Relação entre os pais (marido e mulher):
A relação homem-mulher inicia uma nova família. São duas pessoas diferentes,
com suas próprias crenças, valores, educação e cultura, que necessitam
ajustar-se em seus princípios para uma boa convivência.
E como é que se obtém o equilíbrio conjugal?
É de suma importância que o casal tenha respeito mútuo, amor, e que possa
trocar idéias através de muita conversa e diálogo para propiciar, dessa
forma, um ambiente saudável ao crescimento dos filhos.
Os pais necessitam estar sempre de comum acordo (pelo menos na frente
dos filhos) para promover uma educação satisfatória.
Relação entre pais e filhos:
Cabe aos pais o papel de educar os filhos.
A educação é a condição básica para o convívio social.
Educar implica o uso de autoridade para estabelecer limites; dar
ordens e proibir o indispensável que possibilite à criança controlar sua
impulsividade: toda criança nasce egoísta; ela passa a respeitar o outro
através da educação, disciplina, mas, principalmente, pelo exemplo dos
pais.
As crianças sempre identificam-se com um dos pais, e fazem o que esse
adulto faz (ex: a menina veste-se como a mãe).
Quando os filhos são pequenos, os pais sempre decidem "o que", "como"
e "quando"; ou seja, eles têm plenos poderes sobre seus filhos e por
eles tomam as decisões que julgam corretas. A criança vive cômoda e prazerosamente
nesta relação de dependência, com suas necessidades básicas satisfeitas
e papéis claramente definidos.
Mas, quando os filhos chegam à fase da adolescência, surge, na maioria
das famílias, uma série de conflitos entre os pais e os filhos!
Os pais têm dificuldade para aceitar o crescimento de seus filhos...
Quantos pais dizem sentir saudades do tempo em que os filhos
eram bebês?
Admitir que o filho cresceu equivale a reconhecer que eles estão
ficando mais velhos!
Para o pai, é difícil aceitar que sua eterna namoradinha agora se
interessa por um outro homem que não é ele! E a mãe, muitas vezes, não
consegue tolerar a existência de outra mulher cheia de juventude!
Muitos pais não se conformam por terem perdido o "posto" de heróis
insubstituíveis dos filhos, e não conseguem suportar o olhar crítico dos
jovens, pois estes começam a enxergar os pais como são: pessoas com todos
os defeitos e qualidades que lhe são próprios.
Há pais que passam a controlar exageradamente a vida dos filhos, como
se pudessem, com isso, voltar a tê-los como crianças: não respeitam
sua privacidade, querem participar da vida deles de forma integral, e usam,
para o controle deles, os perigos que aumentam nesta fase (a violência,
a AIDS, etc.).
Muitos pais querem antecipar questões aos filhos para evitar sofrimentos futuros...
Mas o único método conhecido para se aprender algo é vivendo!
Na realidade, a maioria dos problemas na relação entre pais e filhos
baseia-se num conflito de poder!
Os pais podem exercer o autoritarismo (quando o poder está em suas
mãos) para atender suas próprias necessidades, ou fazer uso da permissividade,
quando delegam o poder nas mãos dos filhos para fazerem o que desejarem...
O mais importante neste tipo de relacionamento é uma resolução conjunta;
buscar juntos e criar soluções conciliatórias para que todos sejam bem
atendidos (onde as minhas necessidades são tão importantes quanto as suas).
O maior papel dos pais consiste em apoiar, compreender e dialogar
sempre com seus filhos!!!
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