Olga Tessari

Ciúme entre irmãos

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Ciúme entre irmãos pode ser amenizado com a ajuda dos pais 

O nascimento de um bebê causa um forte impacto no irmão primogênito, que tem de aprender a partilhar a atenção dos pais, da qual até então usufruía com exclusividade. Essas crianças acabam recebendo o título de ciumentas, mas muitas vezes não sabem o significado dessa emoção. 

O ciúme é um sinal de insegurança, inveja ou um ressentimento generalizado com a pessoa que se considera como rival. Segundo a psicóloga comportamental Olga Tessari, quando a criança se sente em dúvida em relação ao amor dos pais, o ciúme se manifesta como um sinal. É o filho reclamando, inconscientemente, a atenção que lhe cabe. 

Em geral, o ciúme é mais comum do filho mais velho para o mais novo, justamente porque o menor necessita de mais cuidados e requer mais atenção, o que gera a insegurança no mais velho. Sentindo-se abandonado, ele começa a acreditar que os pais não gostam mais dele, passando a desenvolver baixa autoestima e creditando isso ao irmão recém-chegado. 

Enquanto o bebê não vem, o primogênito até aceita bem o fato de que vai ter um irmãozinho, desde que sua rotina não seja alterada de forma drástica. Ou seja, não é o momento de mudar o filho de quarto, nem de tirá-lo do berço para ceder ao irmãozinho. 

"Se estas mudanças forem realmente necessárias, os pais devem conversar muito com ele e explicar o motivo, sempre mostrando o quanto o amam e, se possível, muito antes do bebê nascer. É fundamental que a mãe o prepare para a sua ausência nos dias em que estará na maternidade, dando ao filho a certeza de que ele é amado e querido", aconselha Olga Tessari. 

A CHEGADA DO BEBÊ 

Em geral, o problema acontece quando o novo filho chega, justamente porque as atenções nesse momento serão voltadas quase que exclusivamente para o recém-nascido. Por se sentir esquecido, o filho mais velho passa a ter raiva do novo membro da família, embora o ame também. 

Alguns indícios comuns desse tipo de ciúme são desobediência com choros e birras, agressividade e até o retrocesso a fases já superadas, como o retorno do uso de chupeta e a infantilização da fala. Tudo como artifício para recuperar a atenção e o amor "perdido" para o bebê. 

A criança ciumenta é muito dependente, e sofre por causa disso. A verdade é que quando uma criança quer chamar a atenção de toda a família, armando a maior confusão até se fazer notar, acaba conseguindo. Provoca o ciúme do irmão ou se queixa de ser provocada, monopoliza e incomoda os adultos que estão ao redor, exatamente para mostrar como se sente. 

Sem perceber, os pais acabam colaborando para a manutenção e aumento desse ciúme, ao passo que intensificam a proteção ao mais novo quando sentem o primogênito mais ríspido ou agressivo com o menor. Em vez de tentar aproximá-lo, acabam punindo-o e afastando-o com castigos que só intensificam a insegurança. 

DIVIDINDO ATENÇÕES 

Tanto os pais como o resto da família precisam lembrar que o mais velho também quer atenção. O ideal é fazê-lo interagir e sentir-se responsável pelo irmãozinho. Procure chama-lo para participar das atividades com o menor: dar banho, vestir a roupinha, dar comidinha, entre outras coisas. 

À medida que o tempo vai passando e o irmão mais novo cresce, o primogênito passa a assumir o seu papel de irmão mais velho. É nesta altura que a atitude dos pais é fundamental para minimizar uma relação conflituosa. "Pais que demonstram compreensão e atitudes positivas ajudam a criança a superar o ciúme inicial; caso contrário, pode gerar-se um ciclo vicioso e traumatizante para esse filho", comenta a psicóloga Angela Credidio. É importante que os pais identifiquem precocemente o problema e atuem de forma a dar à criança a segurança afetiva que ela precisa. Sentindo-se amada, ela não verá problema em dividir espalho e atenção com o irmão, diz Olga Tessari. 

Matéria publicada na Revista Sua Escolha

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