Olga Tessari

Mães mais maduras, filhos mais novos

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Conflito à vista? 

A ciência já mostrou que, do ponto de vista físico, a idade cronológica é cada vez menos um empecilho para quem quer engravidar. Graças aos avanços da medicina e a profundas mudanças sociais, muitas mulheres, desde que saudáveis, podem hoje encomendar o primeiro bebê para quando bem entenderem, mesmo que já estejam chegando aos 40. 

Se por um lado tais conquistas proporcionaram à mulher moderna uma certa liberdade em relação a seu relógio biológico, por outro aumentaram em pelo menos uma década a diferença de idade entre mãe e filho - um detalhe que pode tanto passar despercebido, quanto se transformar em motivo para muita terapia. 

Será que com o passar dos anos essa maior distância entre as gerações pode atrapalhar o convívio em família? "A maternidade gera dúvidas e conflitos em qualquer fase da vida", provoca a psicóloga e escritora Olga Tessari, que alfineta: "Será que uma mãe de vinte e poucos anos tem maturidade para atender às necessidades dos filhos?" 

Segundo a especialista, não vale a pena acrescentar mais essa questão ao já extenso rol de preocupações da mãe de primeira viagem. Ela afirma que a polêmica não tem lugar. "Essa questão tem muito a ver com um estereótipo do idoso que não mais corresponde à nossa realidade. Aos 60 anos, as pessoas são ativas. Podem estar aposentadas, mas continuam inseridas na sociedade. São jovens de espírito". 

Conflito de gerações está ultrapassado 

Ninguém mais é considerado velho aos 40, 50 anos - trata-se de uma idéia gasta. "Hoje a mulher é mais bem educada, mais antenada, não vive fechada em determinados círculos. Isso dá naturalidade, frescor e visibilidade a ela", explica a psicóloga e escritora Olga Tessari. Nesse contexto, sorte dos filhos que têm mães "temporãs". "O adolescente, para se tornar um adulto, precisa se despojar dos valores da família, por isso é contestador. Pais mais maduros entendem melhor essa questão e tendem a ser mais compreensivos, sem levar para o lado pessoal", observa a psicóloga. 

Mulheres mais maduras são mais objetivas em relação à gravidez 

Em geral, a gravidez na maturidade é fruto de uma decisão ponderada e de um desejo genuíno de ser mãe. Por isso, apesar das dificuldades impostas pela natureza, a quarta década de vida pode ser o momento mais propício para colocar em prática o projeto bebê. É quando a mulher está mais preparada: pessoalmente, não sofre com a instabilidade dos 20 e poucos anos; profissionalmente, construiu e consolidou uma carreira aos 30. E aos 40, tem, enfim, a vivência necessária para se dedicar à missão de criar um filho. "Geralmente, as mulheres que optam por ter filhos mais tarde são mais sensatas e decididas, ao contrário de quem se casa muito cedo e logo fica grávida, ou de quem engravida 'sem querer'. Criança precisa de atenção e as mães mais maduras entendem melhor essa necessidade", avalia a psicóloga e escritora Olga Tessari. A mulher, na maturidade, é bem menos suscetível a ficar grávida só porque a sociedade cobra, ou para ceder a caprichos do companheiro. A gravidez nessa fase da vida, aliás, quando fruto de uma união, deve ser uma decisão tomada a dois. "O homem deve ser incluído no processo. Não se pode cobrar dele um papel que ele não está disposto a cumprir. O casal deve conversar", argumenta a estudiosa. "É injusto que a mulher engravide só para satisfazer uma vontade pessoal, mas ela também não deve se sentir obrigada a gerar uma criança se o desejo for só do homem". 

Ser mãe exige reflexão 

Além do preparo psicológico, ser mãe também exige condicionamento físico. Por isso, em qualquer idade, cuidar do corpo é fundamental. Praticar exercícios e alimentar-se de forma saudável são hábitos que devem ser especialmente cultivados antes, durante e depois da gravidez, principalmente na maturidade. Estar com a saúde em dia não só garante energia para acompanhar o ritmo dos filhos, como ainda ajuda a manter o bom humor, o otimismo e a disposição. "É importante que a mulher reflita. Como ela se vê daqui a 20 anos? É fundamental ser responsável e se cuidar, porque problemas de saúde podem comprometer a relação com os filhos", alerta a psicóloga e escritora Olga Tessari. "É preciso cultivar a autoestima. Quem vive irritado ou deprimido sente os reflexos na convivência familiar". 

Independentemente da faixa etária, é essencial que os pais saibam educar e sejam capazes de formar cidadãos inteligentes e responsáveis. "A idade não é uma questão. O mais importante é que sejam responsáveis, que dêem carinho e atenção aos filhos, para que se tornem adultos conscientes de seus direitos e deveres na sociedade", conclui a especialista. 

Matéria publicada no site Aspirina (Bayer)

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