Texto de © Dra Olga Inês Tessari
*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página
As brigas de um casal ou mesmo a separação dos pais sempre deveriam ser
algo a ser tratado apenas entre o casal em particular, jamais diante dos
filhos.
Os pais desconhecem a profundidade do problema que as discussões e os
conflitos entre ambos podem gerar para os filhos quando eles as presenciam,
devido ao fato dos filhos sentirem-se na obrigação de tomar partido de
um deles, quando na verdade eles não gostariam de tomar partido de nenhum
dos dois.
Em muitos casos, o pai ou a mãe fazem uso da criança para chantagear
o outro ou para se fazerem de vítima, por exemplo. É comum ainda ouvir
de casais, cujo relacionamento entre eles caminha de mal a pior, a importância
de se manter o casamento para manter a saúde emocional dos filhos.
É mais comum ainda vermos homens que se sujeitam a uma vida de sofrimento
e desamor apenas para manter o contato diário com os filhos. Ex-esposas,
inconformadas com a separação, que se sentem inseguras pelo fim do relacionamento,
magoadas por terem se doado tanto no casamento e ele ter terminado, entre
outros fatores, ainda não sabem separar a relação homem-mulher da relação
pai e filhos. Muitas ainda chantageiam o ex-marido usando os filhos, tal
como não deixar que o ex-marido os encontre enquanto não pagar a pensão
ou mesmo obrigar seus filhos a visitarem o pai vestindo roupas velhas,
rasgadas somente para pressionar o ex a gastar o seu dinheiro com os filhos,
como se este gasto pudesse ser um empecilho para o pai não sair com uma
outra mulher, por exemplo ou para que ele reconstrua a sua vida sozinho.
O problema se agrava quando elas tem conhecimento de que o pai está
namorando: elas fazem uso dos filhos para saber detalhes da vida do pai
ou mesmo da namorada e não é raro vermos ex-esposas falando mal do ex-marido
para os filhos, deixando-os inseguros quanto ao afeto que o pai nutre por
eles. Elas costumam dizer: "seu pai prefere sair com aquela sujeita a sair
com vocês" ou "enquanto ele gasta fortunas com a namorada viajando, olha
só o valor da pensão que ele dá para vocês" ou mesmo "hoje seria o dia
de seu pai ver vocês e onde ele está? Com aquela mulherzinha! E ele nem
ligou para se desculpar por não ter vindo!"
Ainda é comum mulheres conceberem filhos na tentativa de preservar um
casamento e que passam a não se importar mais com os filhos quando
seu casamento acaba, desprezando-os ou culpando-os pelo final do casamento.
Citamos aqui o comportamento feminino mais comum de mulheres que não aceitam/admitem
a separação, mulheres que foram submissas ao marido ou que agem desta forma
por pura insegurança ao se verem sozinhas, sem um homem que as proteja
e que as sustente!
É claro que há muitos casos também de mulheres que entendem que os filhos
não tem culpa alguma de sua separação, que dialogam muito bem com
os ex-maridos, inclusive tornando-se grandes amigas deles e que educam
os filhos de forma conjunta com o ex-marido, mesmo vivendo separados.
E como se comportam pais separados? Eles tem o mesmo comportamento
da mãe?
Em geral, os homens ainda tem dificuldade em mostrar seus sentimentos,
em conviver com seus filhos, seja porque o convívio durante o casamento
foi pequeno, seja porque evitam conviver com os filhos justamente para
evitar qualquer contato com a ex-esposa em virtude de discussões ou conflitos
que continuam após a separação. Muitos pais até gostariam de manter um
contato maior com os filhos, mas seu trabalho e seu tempo disponível nem
sempre é compatível com o tempo disponível dos filhos, ou mesmo porque
a lei os obriga a ver os filhos apenas a cada quinze dias, o que dificulta
a construção mais efetiva dos laços afetivos entre eles ou até pela dificuldade
de fazer acordos extrajudiciais com a mãe para ver os filhos em outros
momentos por todos os motivos acima descritos.
É comum vermos pais que, por terem dificuldade em mostrar seu afeto ou porque
se sentem culpados com a separação, satisfazerem todos os gostos de seus
filhos, tendo dificuldades em dizer não a eles e mimando-os excessivamente,
como se isso fosse minimizar seu sentimento de culpa ou fazer com que seus
filhos o amem.
Para que o pai possa estabelecer e manter um relacionamento saudável
com seus filhos pela vida afora, é importante que esse contato seja de
qualidade ou seja, que ele esteja presente e mantenha atividades junto
com seus filhos: conversar, brincar, ver filme junto com eles, etc. Também
é importante dialogar com eles a respeito do dia a dia deles, como estão
na escola, verificar suas lições de casa, saber dos amiguinhos e, porque
não, promover passeios junto com os filhos e os amiguinhos deles. No caso
dos amiguinhos dos filhos terem pais separados, é interessante que todos
estes pais se reúnam de vez em quando e troquem experiências entre eles
e que estejam junto com os filhos. Uma ideia seria promover um churrasco,
uma partida de futebol (time dos filhos contra o time dos pais), viagem
no final de semana, etc.
Saliento que, mais importante do que o tempo dispendido com os filhos,
é a qualidade deste tempo com eles. Muitas vezes, meia hora de conversa
e atenção exclusiva para os filhos é muito mais efetivo do que passar um
dia todo sem ao menos conversar com eles, apenas debaixo do mesmo teto.
Para que o desenvolvimento afetivo dos filhos seja o mais saudável possível,
aqui seguem algumas dicas importantes que devem ser seguidas tanto pelo
pai como pela mãe:
Coisas que os pais separados nunca deveriam fazer:
- Falar mal um do outro para os filhos: foi o relacionamento homem-mulher
que acabou, mas o relacionamento pais e filhos vai se manter pela vida
afora. Portanto, ambos devem respeitar o papel de pai e mãe.
- Usar os filhos como espiões para saber da vida do outro: já que
o relacionamento homem-mulher acabou, de que vai adiantar saber da vida
do outro?
- Fazer chantagens ou usar os filhos como moeda de troca: nunca dizer
que o filho só sairá com o pai quando ele depositar a pensão, por
exemplo.
- Discutir na frente dos filhos: qualquer discussão entre eles deve acontecer
longe deles.
- Tirar a autoridade do ex-marido ou da ex-esposa: se a mãe
disse que o filho está de castigo, o pai deve manter o castigo mesmo que
não concorde com ele. Se o pai disse que o filho não vai àquela determinada
festa por um motivo X, a mãe deve acatar a ordem, mesmo discordando dela.
Os filhos precisam desta coesão entre ambos para aprender a ter limites.
Coisas que os pais separados sempre deveriam fazer:
- Ouvir seus filhos, conversar, dialogar com eles;
- Impor limites;
- Educar os filhos conjuntamente;
- Amar seus filhos independente da situação em que se encontra o
relacionamento amoroso;
- Manter um contato frequente com os filhos.
Conheça meus livros, escritos numa linguagem clara e simples para todos
os públicos, apontando caminhos para resolver os seus problemas. Como dizem
muitos leitores, são livros de cabeceira para serem consultados no dia
a dia.
Saiba mais sobre os livros ...
Experiência na área desde 1984. Aprenda como ter bons relacionamentos, boa autoestima e como ser feliz! Saiba mais...
Realizados com Olga Tessari: baixa autoestima, ansiedade, estresse, medos, fobias, timidez, dificuldade de falar em público, problemas de relacionamento... Saiba mais...
Tenha momentos de descontração e bom humor, conhecendo e aprendendo mais sobre o comportamento humano. Administrados e apresentados por Olga Tessari. Conheça os cursos, palestras e contrate! Saiba mais...
Marque sua consulta com Olga Tessari de forma presencial em seu consultório ou via internet, através de chat, e-mail ou vídeo. Saiba mais..
Site de informação, divulgação e de orientação sobre problemas do ser
humano de origem emocional, respaldado em pesquisas científicas. As informações
contidas nesse site têm caráter educativo e informativo e não descartam,
em hipótese alguma, as consultas com um psicólogo ou um médico. Leia:
Normas de Conduta-
Política de Privacidade
ATENÇÃO! Todo o conteúdo desse site está registrado e protegido pela lei
de direitos autorais. A cópia sem autorização é crime sujeito às penas
da lei: não seja o próximo a ser processado judicialmente! Proibida a reprodução
integral ou parcial, para uso comercial, editorial ou republicação na internet
mesmo que citada a fonte (Inciso I Artigo 29 - Lei 9610/98). Quer publicar
ou copiar os textos do site?
Fale comigo
OLGA TESSARI não tem equipe, trabalha sozinha! Também não patrocina, não
apoia e nem indica o kit ajuda sentimental ou qualquer outro similar -
saiba a visão dela sobre isso!
Consultório:
Rua Dona Avelina, 346. Vila Mariana, São Paulo/SP
(mapa)
Tel: (11) 2605-6790 e (11) 99772-9692
Atendimento também pela internet via chat, e-mail ou vídeo;