Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Quem dera que maternidade fosse só apertar as bochechas, estudar junto
e ajeitar o cobertor antes de dormir.
É como dizem: não basta ser mãe, tem que participar – e isso inclui
a parte chata da coisa, que é mandar tomar banho, obrigar a comer verdura
ou desligar a televisão porque já está muito tarde. Isso porque é função
dos pais educar e dar limites aos filhos, que de vez em quando custam a
entender o recado. Aí você fala uma, duas, dez, vinte vezes e parece que
não adianta nada. Nessas horas, haja paciência!, será que dá para continuar
só no papo ou é melhor partir para um argumento concreto? Ou seja, uma
boa palmada.
A questão é polêmica: alguns pais preferem impor autoridade sem apelar
para a violência e não levantam a mão em hipótese alguma. A dentista
Tânia de Souza admite que tem dias em que o comportamento da filha dá nos
nervos, mas ainda assim prefere contar até mil em vez de partir para a
agressão física. "Nunca bati na minha filha. Dou esporro, berro, como se
faz com um adulto. Questiono porque ela fez aquilo e peço para não repetir",
conta a dentista. Na casa dela, nem castigo tem vez. "Sou a primeira a
ficar com pena e querer tirar, então é melhor nem pôr de castigo! Procuro
dar o máximo de liberdade e, quando digo 'não', ela respeita", revela,
lembrando ainda que foi mãe cedo e talvez por isso o entrosamento entre
as duas seja tão bom, um vez que não existe o chamado conflito de gerações.
Por mais que a má-criação seja daquelas, o tapa pode doer mais na
mãe do que no filho. É o que conta a designer Carla Ribeiro, que confessa
morrer de arrependimento quando bate nas crianças. "Eu só dou palmada em
último caso, depois de pedir quinhentas vezes em vão. Mas depois eu choro
escondido, me sinto incompetente como mãe por não conseguir me impor apenas
através das palavras. Converso com eles e peço desculpas, explicando que
não quero ter que fazer isso de novo e que espero que eles me obedeçam
na próxima vez", revela Carla. Mesmo sofrendo com isso, ela afirma que
a palmada tem seu valor e que as crianças aprendem que não podem repetir
o erro. "Tem vezes em que a palmada é um mal necessário", teoriza.
Sem crise de consciência, há pais favoráveis a uma boa palmada de vez
em quando, como o empresário Denis Bonfim. "Eles aprontam demais e
brigam entre si. Ou seja, merecem apanhar. Tem coisas que eles só aprendem
na porrada mesmo", diz Denis, que é adepto da palmada, mas nunca da surra.
"Tem gente que dá chinelada, cascudo, eu não concordo. Mas um tapa na mão
ou no bumbum não faz mal a ninguém. Muito pelo contrário!", completa.
A psicóloga Olga Inês Tessari assina embaixo e afirma que tem horas
em que não adianta falar: só uma palmadinha adianta. "Não é pra bater quando
está com raiva para não machucar a criança e sim mostrar autoridade, quando
a argumentação não está funcionando, mesmo que seja em público. Dessa forma,
os pais estão preparando os filhos para o mundo, que dá tantos tapas na
gente", defende a psicóloga, garantindo ainda que a criança chora na hora
em que apanha, mas é capaz de entender que estava errada e que mereceu
ser repreendida. Quando a criança revida o tapa, Olga sugere o seguinte:
"mostrar o tamanho da mão e usar o argumento de que se a mãe for bater
vai doer muito mais", aconselha. Contudo, Olga não é de forma alguma favorável
a surras ou palmadas com muita freqüência. "O recurso da palmada só vale
em último caso. Se for um hábito, é sinal da falta de autoridade dos pais
e hora de rever o tipo de educação que estão dando aos filhos", diz ela.
Já terapeuta de família Verônica Muraro afirma a importância de dar
limites às crianças sem recorrer à agressão física ou emocional. "A criança
tem que saber que não pode tudo e que não manda nos pais, mas bater não
é a solução para isso. Se não, ela vai achar que brigando e berrando é
que se dá limites aos outros, uma vez que foi assim que lhe foi ensinado.
Os pais têm que dar limite com limite", pondera a terapeuta. Segundo Verônica,
quando a criança vai crescendo, os pais devem tentar entrar em um acordo
com ela."O adulto deve mostrar que existem coisas chatas que precisam ser
feitas, como estudar, comer verdura... Mas também existem as compensações
como brincar, jogar videogame", afirma Verônica, acrescentando ainda que
a mesma mãe que diz "não" deve também sinalizar quando o filho fizer algo
legal. "Assim ele vai ter a exata noção do que é bom e o que não é", conclui.
Matéria publicada site Bolsa de Mulher por Rosana Caiado
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