Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Para muitos especialistas, o castigo físico deve ser abolido. Para outros,
é essencial.
A proposta que proíbe castigo corporal em crianças, conhecida como "Lei
da Palmada", tem provocado muitas discussões. Há quem considere a proposta,
que está em análise no Congresso, um avanço. Outros veem uma interferência
do Estado na vida da família. Movimentos sociais e instituições públicas
se reuniram para defender a lei.
A rede Não Bata, Eduque tem mais de 11 organizações e 300 membros,
entre pessoas físicas e jurídicas. Márcia Oliveira, coordenadora da rede,
diz que uma mudança de cultura é necessária, porque as crianças que apanham
em casa ou em locais de cuidado, como abrigos, costumam reproduzir a violência.
- A atitude ensina que se pode usar a força para resolver conflitos.
Márcia cita uma pesquisa recente da Ufscar (Universidade Federal de São
Carlos), que indica que 70% das crianças que praticam bullying na
escola são vítimas de violência em casa. A coordenadora da rede diz que
a sociedade não aceita castigos em homens, mulheres e idosos, mas aceita
em quem está na posição mais vulnerável, as crianças.
A pedagoga e autora do livro Tapa na bunda, Denise Dias, diz que
uma palmada ou puxão de orelha não é mesma coisa que o espancamento. Ela
afirma que a lei não é necessária porque o ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente) já trata da violência doméstica. Além disso, para ela, o país
tem problemas mais graves, como as crianças que vão parar na cracolândia,
a situação dos hospitais e das escolas. Denise explica que não é todo filho
que precisa levar um tapinha. E isso não se aplica a todas as situações.
O que os pais devem ter cuidado, diz ela, são com os excessos.
- Às vezes, a criança testa mesmo a paciência dos pais e merece uma
palmada. Quando pequena, ela não tem grande capacidade de abstração. Deve
haver uma forma concreta de educar, de colocar limites. Olga Tessari, psicóloga
e escritora, diz que, no direito, as questões familiares são tratadas de
forma privada e "é um direito da família educar à sua maneira. O Estado
deve intervir, sim, quando existe violência".
Perla Ribeiro, representante da Associação dos Centros de Defesa da Criança
e do Adolescente, diz que o projeto de lei pretende despertar a discussão.
- Não é fácil, mas é um debate necessário. Segundo a Secretaria de Direitos
Humanos [ligada à Presidência], um dos principais motivos que faz uma criança
sair de casa é a violência doméstica. Ela afirma que o uso da força física
não passa pelo racional e que existem outras formas de educar e impor limites.
Para ela, mesmo com uma criança de dois anos, é possível adotar uma postura
e um tom de voz que indique autoridade. - Com a violência, o filho adquire
medo dos pais. E eles precisam decidir se querem ser temidos ou respeitados.
Jônia Lacerda, do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de
São Paulo) e da Faculdade São Camilo, diz que a maioria dos psicólogos
concorda que castigo físico representa alguns riscos importantes para a
criança. Algumas vezes, os pais ficam nervosos e batem como forma de "descarregar"
a raiva. A psicóloga Olga Tessari diz que é muito comum encontrar adultos
que apanharam na infância e que não conseguem dar limites para o filho.
Para ela, "o pai tem a função de orientar, impor limites, abraçar, reconhecer
e recompensar os filhos".
Jônia é contra a agressão, mas diz que, em alguns momentos, a criança precisa
ser contida, principalmente em situações de risco para a ela.
Matéria publicada no site R7 por Amanda Polato
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