Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página
Doença que já foi considerada natural com o avanço da idade pode até levar
à morte
Cada vez mais comum nos dias de hoje a depressão continua sendo uma
incógnita na vida de muitas famílias. Seja por falta de conhecimento ou
por não receber a devida importância, muitos que sofrem desse mal acabam
não recebendo tratamento adequado. Na terceira idade a situação pode ser
ainda pior: a depressão é a principal doença mental da terceira idade.
Por já possuírem diversas limitações físicas, dentre outros fatores, os
idosos podem apresentar um quadro depressivo grave, deixando os parentes
sem saber a melhor forma de agir. A psicóloga, pesquisadora e escritora
Olga Tessari relata que a doença pode até levar ao suicídio, pois os doentes
não enxergam uma saída para esse mal. É importante lembrar, portanto, que
a depressão não é apenas uma tristeza passageira frente a um fato adverso
da vida. Ela apresenta-se de maneira profunda e duradoura e, em geral,
dura semanas, podendo-se estender por meses e até anos. Conheça um pouco
mais sobre o tema na matéria abaixo e saiba reconhecer os sinais desse
problema.
Problema antigo
Ao contrário do que se possa imaginar a depressão não é uma doença nova.
Pelo contrário, o mal sempre existiu e, principalmente, na terceira
idade era encarado como parte da vida, explica a doutora Olga Tessari.
"Até bem pouco tempo atrás, era comum as pessoas acreditarem que a depressão
era algo comum aos idosos e que não havia nada a fazer para resolver o
problema, a doença era encarada como uma característica dos idosos, digamos
assim". Com os avanços da medicina e da psicologia, a conscientização em
torno da depressão vem aumentando, o que leva à busca do tratamento para
resolver o problema. Como a população idosa cresce a cada dia, observa-se
também um cuidado maior para com eles. Atualmente envelhecer não é mais
sinônimo de uma vida sedentária e sem expectativas e a busca pela qualidade
de vida nessa fase aumenta o ânimo no tratamento desse mal.
Causas
A Dra. Olga Tessari ressalta que existem diversas causas para que a depressão
seja tão comum nessa fase da vida. Dentre elas a dificuldade em lidar
com as limitações físicas próprias da idade, o medo de envelhecer, a perda
de amigos e parentes, a perda do trabalho por conta da aposentadoria -
que leva a uma mudança de vida nem sempre igual ou melhor - a aproximação
com a morte, a segregação familiar, além da dificuldade em elaborar novos
projetos de vida e a falta de atividades que preenchem o tempo disponível.
"A morte de parentes e amigos leva o idoso a constatar que sua morte pode
estar próxima, o que pode levá-lo à depressão, por não conseguir enxergar
boas perspectivas na vida", relata a especialista.
Por isso é importante que a família esteja atenta aos sinais de alerta
da doença. Em um estado depressivo é comum que o idoso deixe de lado as
suas atividades normais do dia-a-dia, sem nenhuma causa que justifique
esta paralisação (como uma doença temporária, por exemplo) ou que se queixe
constantemente de dores pelo corpo, dificuldades físicas e incapacidade.
Além disso existe um isolamento do convívio familiar, aparência abatida,
irritação e desânimo. Caso esses sintomas se apresentem por mais de três
meses e na maior parte dos dias, é importante que a família leve-o para
uma avaliação médica o mais breve possível. Olga também alerta que falar
para o idoso que ele precisa se animar e sair desse estado pode piorar
ainda mais a condição depressiva, uma vez que ele já tentou melhorar por
si mesmo e sem sucesso. A cobrança familiar, nesse caso, pode colaborar
para que a auto-estima da pessoa diminua, piorando seu estado clínico.
Tratamento
Reconhecendo que se trata realmente de uma doença, é importante que exista
tratamento médico e psicológico para superar essa fase. Olga conta que
a depressão pode ser definida, em última instância, como "ver-se sem saída":
"A pessoa depressiva pensa que seu caso não tem solução e que não adianta
fazer absolutamente nada porque nada vai dar certo. Seus pensamentos são
sempre muito negativos". Portanto, é difícil fazer com que o idoso aceite
a ajuda médica, por isso, em muitos casos, a pessoa precisa ser levada
à força para o tratamento e necessita de alguém que a acompanhe durante
o processo. Pesquisas comprovam que a eficácia do tratamento conjunto de
medicação e tratamento psicológico, traz resultados mais eficientes e rápidos.
Os antidepressivos, que só devem ser tomados com a devida orientação médica,
produzem resultados mais efetivos quando são combinados com acompanhamento
psicológico. Como as causas da depressão passam pela forma como a pessoa
lida com suas emoções e suas experiências, é fundamental o acompanhamento
psicológico. Foi-se o tempo em que o tratamento psicológico era algo que
se perpetuava por anos a fio: novas técnicas trazem resultados efetivos
em pouco tempo de tratamento.
Insista na recuperação
O caminho pode ser árduo, mas é importante que a família e os amigos se
envolvam no tratamento dos idosos que apresentam o problema. Caso
não seja tratada ou encarada com a devida seriedade, a depressão pode levar
a morte. "Quando não enxerga uma saída, o suicídio pode parecer um alívio,
o fim de um sofrimento para o doente", relata Olga Tessari. A ausência
de tratamento também leva ao surgimento de doenças infecciosas, ataques
cardíacos e derrames. Olga também afirma que em caso de resistência, a
família deve levar o idoso ao médico mesmo contra a sua vontade e, principalmente,
verificar se o tratamento está sendo seguido corretamente depois da consulta.
"É comum o idoso até ir ao médico, mas depois não tomar a medicação ou
freqüentar as consultas psicológicas. Por isso é fundamental ter uma pessoa
responsável e de confiança para acompanhar o idoso durante esse período"
- alerta a psicóloga Olga Tessari.
Matéria publicada na Revista Ciclo – Saúde Integral em agosto/2008
Idosos - Amigos/Grupos - Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão
Conheça meus livros, escritos numa linguagem clara e simples para todos
os públicos, apontando caminhos para resolver os seus problemas. Como dizem
muitos leitores, são livros de cabeceira para serem consultados no dia
a dia.
Saiba mais sobre os livros ...
Experiência na área desde 1984. Aprenda como ter bons relacionamentos, boa autoestima e como ser feliz! Saiba mais...
Realizados com Olga Tessari: baixa autoestima, ansiedade, estresse, medos, fobias, timidez, dificuldade de falar em público, problemas de relacionamento... Saiba mais...
Tenha momentos de descontração e bom humor, conhecendo e aprendendo mais sobre o comportamento humano. Administrados e apresentados por Olga Tessari. Conheça os cursos, palestras e contrate! Saiba mais...
Marque sua consulta com Olga Tessari de forma presencial em seu consultório ou via internet, através de chat, e-mail ou vídeo. Saiba mais..
Site de informação, divulgação e de orientação sobre problemas do ser
humano de origem emocional, respaldado em pesquisas científicas. As informações
contidas nesse site têm caráter educativo e informativo e não descartam,
em hipótese alguma, as consultas com um psicólogo ou um médico. Leia:
Normas de Conduta-
Política de Privacidade
ATENÇÃO! Todo o conteúdo desse site está registrado e protegido pela lei
de direitos autorais. A cópia sem autorização é crime sujeito às penas
da lei: não seja o próximo a ser processado judicialmente! Proibida a reprodução
integral ou parcial, para uso comercial, editorial ou republicação na internet
mesmo que citada a fonte (Inciso I Artigo 29 - Lei 9610/98). Quer publicar
ou copiar os textos do site?
Fale comigo
OLGA TESSARI não tem equipe, trabalha sozinha! Também não patrocina, não
apoia e nem indica o kit ajuda sentimental ou qualquer outro similar -
saiba a visão dela sobre isso!
Consultório:
Rua Dona Avelina, 346. Vila Mariana, São Paulo/SP
(mapa)
Tel: (11) 2605-6790 e (11) 99772-9692
Atendimento também pela internet via chat, e-mail ou vídeo;