Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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RELAÇÃO DE AMIZADE GERA BENEFÍCIOS ENTRE AS DUAS GERAÇÕES
Com os avanços na área da saúde e a redução da taxa de mortalidade,
o número de idosos no Brasil tem aumentado a cada ano. A expectativa é
de que em 2025, haja 32 milhões de brasileiros acima dos 60 anos. Com isso,
a presença e permanência dos avós nas famílias têm sido muito mais comuns,
e essa mudança propicia momentos altamente benéficos para ambas às gerações.
Nessa fase, os avós podem usufruir da relação com as crianças de forma
despreocupada, uma vez que não têm propriamente o dever de educar, mas,
sim, de conviver com os netos.
Segundo Olga Tessari, psicóloga e escritora, o relacionamento entre
as duas gerações é muito prazeroso, principalmente para os avós, porque,
nesse período, eles têm a oportunidade de agir de forma diferente da que
foi adotada na educação dos filhos. "É exatamente nesse momento que eles
podem fazer com os netos tudo aquilo que gostariam de ter feito com os
filhos, mas a obrigação de educar não permitiu", esclarece.
A psicóloga salienta que é função dos avós mimar os netos e fazer suas vontades,
sendo essa basicamente a maior vantagem em ser avô. "Eles devem se curtir,
brincar e aproveitar esses momentos de lazer. Assim, os avós expressam
todos os seus desejos, que, com certeza, devem ter reprimido muito quando
eram pais".
No caso da criança e do adolescente, essa relação próxima com os
avós os ajuda a lidar com as limitações, uma vez que certas brincadeiras
não serão possíveis por questões físicas. "A criança vai aprender a conviver
com a diferença e respeitá-la. Com isso, vai tratar os outros idosos com
respeito e educação, como se fosse o avô dele", afirma.
AVÓS DESEDUCAM?
Segundo Olga Tessari, como a obrigação principal de educar cabe aos pais,
os avós se preocupam mais em aproveitar este momento de diversão com
os netos do que ensinar-lhes o certo e o errado, apesar de fazerem isso
em meio às brincadeiras, como ter bons modos, lavar as mãos antes de comer,
etc. A psicóloga ressalta que não é correto afirmar que eles deseducam
os netos. "O que acontece na realidade é que os pais deixam seus filhos
aos cuidados dos avós e querem que estes tratem aqueles como eles próprios
eram tratados quando crianças, mas não é função dos avós educar por que
eles são mais permissivos. É mais fácil deixa-los na creche ou com a própria
babá, que vai fazer a função com mais eficiência, porque, aí sim, nesse
sentido os avós vão 'deseducar' os netos", enfatiza.
Em certos casos, o convívio dos netos com os avós pode gerar uma espécie
de ciúme por parte dos filhos, uma vez que notam a diferença no tratamento
com as crianças. Neste caso, é importante que essa convivência não seja
diminuída e, caso os filhos não concordem com algumas atitudes dos pais,
a psicóloga aconselha que haja uma conversa, longe da criança, a fim de
evitar conflitos. "O filho acaba questionando atitudes dos pais, por causa
de comportamentos que lhe eram proibidos na infância, mas que agora o próprio
filho, ou seja, o neto tem liberdade para fazer. Com isso, eles passam
a char que seus filhos são mais importantes para seus pais do que eles
mesmos. O neto é mais mimado e se os pais não forem maduros ou não tiverem
seus conflitos resolvidos, isso pode gerar uma espécie de ciúme, por verem
essa diferença de tratamento", explica.
A profissional salienta que, do ponto de vista dos avós, os erros
que eles acreditam ter cometido na criação dos filhos não serão repetidos
na criação dos netos, por isso, acabam sendo mais liberais com estes. "No
caso dos avós que praticamente cuidam dos netos, eles acabam confundindo
o papel de pais e de avós. O resultado é que as crianças crescem mimadas.
O que vemos atualmente são muitos adolescentes sem limites porque foram
criados por seus avós", conclui Olga Tessari.
BRINCADEIRA E DIVERSÃO
A aposentada Jaira Oliveira com os netos Bruno e Mariana: "Nós nos divertimos
muito"
Na casa da aposentada Jaira Oliveira Luiz, 66anos, as brincadeiras
com os netos Bruno Marreiro Aranha, 8, e Mariana Marreiro Aranha, 3, são
constantes. Nós nos divertimos bastante. Jogamos travesseiro um no outro,
brincamos de jogar bola, inclusive já torci o pé por causa disso", revela
a aposentada.
Jaira afirma não se intrometer na educação dada aos netos pela filha.
"Nessa parte eu não me envolvo. Minha filha até diz que não tenho muita
educação porque vivo brincando. Só me torno um pouco mais séria quando
está na hora de ir para o colégio, mas no geral sou muito brincalhona.
Como a mãe já os educa, então eu não me meto para não me aborrecer", declara.
Quando o filho mais velho dorme fora de casa, é Bruno quem faz companhia
para a avó. "Gosto de dormir lá para ver novela com ela. Minha avó é especial
porque ela brinca muito comigo e com minha irmã. Converso bastante com
ela sobre como foi o dia na escola e ela me ajuda a fazer o dever de casa",
conta Bruno.
Matéria publicada na Revista Plenitude por Neia Meneses em julho/2011
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