Olga Tessari

Relação açucarada

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

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Convivência entre avós e netos traz benefícios para ambos. 

Dizem que os avós deseducam os netos e, não se pode negar, há um fundo de verdade nesta afirmação. Os avós não colocam de castigo, dificilmente dão broncas e ainda fazem a maioria das vontades dos netos. Mas, por trás de tantos mimos, existem avós conscientes da sua importância para a formação das crianças. "Os avós influenciam o desenvolvimento emocional, cognitivo e social, além de ajudarem a formar os valores dos netos", explica a psicóloga Cristina Brito Dias, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). "Os avós podem minimizar os efeitos negativos da relação entre pais e filhos, especialmente quando os pais são imaturos e negligentes", acrescenta. Além disso, "o contato com os avós favorece nas crianças o respeito pelos idosos e a aceitação do seu próprio envelhecimento", completa Cristina, que desde 1998 realiza pesquisas sobre avós. 

Educar as crianças é dever dos pais. Então, se impor limites não é função central dos avós, eles podem usufruir da relação com as crianças de forma mais despreocupada e até atender a certos caprichos dos netos. Isso não significa, porém, que os avós devem aceitar as mal criações das crianças e deixar que os netos façam tudo como bem entenderem. "Se os pais disseram que não pode ver televisão antes de preparar o dever de casa, então não pode mesmo. Os avós precisam respeitar a autoridade dos pais", comenta a terapeuta Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

A psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, responsável pelo site Ajuda Emocional, concorda que os avós não podem passar por cima da autoridade dos pais. Mas ela acredita que não há problema algum se os avós, uma vez ou outra, fazem de tudo para agradar os netos. "Isso não prejudica a formação. Pelo contrário: é importante que as crianças tenham alguém que faça tudo por elas", afirma. Por serem menos durões, os avós são procurados pelos netos para conversas sobre drogas e sexualidade. "Porque temem o julgamento dos pais, crianças e adolescentes, muitas vezes, se sentem mais à vontade para tratar desses assuntos delicados com os avós", explica. 

De acordo com Olga Tessari, satisfazer as vontades dos netos também faz bem aos avós. "Eles já foram rígidos na educação dos filhos. Agora, com os netos, se permitem ser mais liberais, o que é muito prazeroso", diz Olga. E as vantagens que os avós tiram da relação com os netos não param por aí. "Enquanto os avós ensinam o que sabem da sua experiência de vida e da história da família, os netos os levam a reviver o passado e, assim, elaborá-lo melhor", comenta a psicóloga Cristina, da Unicap. São também as crianças que colocam os mais velhos a par do universo da informática e de tantas outras novidades. Para a terapeuta Magdalena, da PUC-SP, isso aumenta a vivacidade dos avós. "Na companhia dos netos, eles descobrem como ocupar melhor seu tempo e passam a se sentir mais úteis", explica ela. 

A maioria das pessoas sente prazer e satisfação de ser chamada de vovó ou de vovô. É o caso do aposentado carioca Ennio José Vianna do Carmo, de 65 anos. Ele diz que, há dois anos, recebeu um, ou melhor, três presentes maravilhosos. "Sou avô de trigêmeas, e como elas são lindas", derrete-se. "Fico totalmente deslumbrado com minhas netas", admite o vovô coruja. "Quando a avó e eu passamos o dia com as meninas é uma alegria só, para nós e para elas", conta Ennio, que, sempre que possível, ajuda a cuidar das netas. "Mas a responsabilidade maior é da minha filha e do marido dela", lembra. 

Nem sempre, porém, os avós ficam apenas na retaguarda em relação aos cuidados com netos. "Estamos vendo hoje com maior freqüência mães trabalhando fora, famílias separadas ou recasadas, gravidez na adolescência e muitas outras situações em que os avós precisam assumir um papel mais ativo na educação dos netos", comenta a psicóloga Cristina, da Unicap. Segundo a terapeuta Magdalena, da PUC-SP, quando os netos moram com os avós, estes não podem vivenciar só o lado prazeroso da relação com as crianças. "Se os pais quase nunca estão em casa, são os avós que acabam colocando a mão na massa para cuidar das crianças e educá-las", afirma ela. 

A psicóloga Cristina, da Unicap, fez uma pesquisa com avós e avôs que, por motivos diversos, criavam um neto. "Eles disseram criá-lo da mesma maneira que criaram seus filhos", conta Cristina. Contudo, na opinião da psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, podem surgir problemas quando os avós se tornam responsáveis pela educação das crianças. "No convívio diário, os avós precisam impor limites, mas nem sempre conseguem, o que pode trazer prejuízos à formação dos netos. O ideal seria que os pais matriculassem as crianças em uma escolinha, em vez de deixarem seus filhos sempre com os avós", explica ela. 

Matéria publicada no site Mais de 50 por Fernanda Marques

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