Olga Tessari

A difícil tarefa de educar os filhos!

Texto de © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Os cuidados com os filhos, em geral, tem estado a cargo da mãe por uma questão histórica e cultural: ela sempre foi dona de casa e o marido passava a maior parte do tempo fora de casa trabalhando, portanto, ela é quem se tornava responsável e recorria ao pai quando sua autoridade como mãe não era respeitada (sabe aquela coisa de dizer ao filho: "já que você não faz o que eu quero, eu vou contar para o seu pai, você vai se ver com seu pai...") 

Mas com a modernidade, as mulheres trabalhando fora, sem muito tempo para se dedicarem aos filhos como gostariam, a educação dos filhos deveria ser dividida entre o casal, algo que geralmente não tem acontecido, pois elas continuam a educar seus filhos e dispender seu pouco tempo disponível a eles, enquanto o pai continua na posição cômoda de voltar para casa e ver tv. Mas este quadro tem mudado aos poucos, com muitos pais percebendo a dificuldade de suas esposas em administrar tudo dentro de casa e propondo-se a colaborar tanto nas tarefas domésticas, quanto na educação dos filhos, seja acompanhando suas lições de casa, seja dispondo de um tempo para conversar e brincar com eles. 

O ideal é que a educação seja algo feito em conjunto entre pai e mãe e, principalmente, que ambos concordem entre si, pelo menos na frente das crianças. Discussões a respeito de como educar os filhos NUNCA devem ocorrer na frente das crianças, pois abrem espaço para que os filhos manipulem os pais de acordo com suas vontades. 

Um exemplo: o pai não deixa o filho ficar no computador até mais tarde e a mãe, com dó do filho, age no sentido de quebrar a regra imposta pelo pai. Agindo assim, ela faz o pai perder toda a sua autoridade e, pior que isso, ensina seu filho de que sempre há uma maneira de se conseguir o que deseja, criando-o sem limites, achando que pode tudo! O inverso também acontece, quando o pai, por se sentir culpado de não estar mais presente, acaba satisfazendo as vontades deles, contrariando a mãe. 

Educar é dar o exemplo! Não adianta o pai falar uma coisa e fazer outra, os filhos seguem o comportamento e não as palavras! Educar também é estar presente, participar com os filhos de atividades em comum (jogar, brincar são atividades que aproximam os pais dos filhos), saber ouvir o que os filhos tem a dizer e não criticá-los pura e simplesmente, mas deixando claro que não concordam com determinadas atitudes dos filhos quando eles não agem da forma como deveriam agir, deixando espaço para o diálogo, para que eles expressem seus motivos para terem agido daquela determinada forma. Castigos funcionam somente quando os pais deixam claro o porque do castigo. 

A base para uma educação efetiva está em estabelecer um vínculo afetivo duradouro e isso se faz com diálogo, convívio e respeito mútuo! O ideal para criar e educar uma criança, que se torne um adulto seguro de si e cidadão, é que pai e mãe se relacionem bem entre si, independente de estarem casados ou não. Uma coisa é ser pai, ser mãe, outra bem diferente é ser um casal, homem-mulher, o relacionamento do casal pode acabar um dia, mas o papel de pais será pela vida afora! 

E é importante que estes pais, casados ou separados tenham consciência de que filhos são para a vida toda e que são os principais responsáveis pela sua educação. Portanto, brigas do casal à parte, eles devem sempre dialogar a respeito de como conduzir a educação dos filhos e o papel que cabe a cada um deles. 

Em geral, os homens ainda tem dificuldade em mostrar seus sentimentos, em conviver com seus filhos, seja porque o convívio durante o casamento foi pequeno, seja porque evitam conviver com os filhos justamente para evitar qualquer contato com a ex-esposa em virtude de discussões ou conflitos que continuam após a separação. 

Muitos pais até gostariam de manter um contato maior com os filhos, mas seu trabalho e seu tempo disponível nem sempre é compatível com o tempo disponível dos filhos, ou mesmo porque a lei ainda os obriga a ver os filhos apenas a cada quinze dias, o que dificulta a construção mais efetiva dos laços afetivos entre eles ou até pela dificuldade de fazer acordos extrajudiciais com a mãe para ver os filhos em outros momentos importantes para o estabelecimento dos laços afetivos. 

É comum vermos pais que, por terem dificuldade em mostrar seu afeto ou porque se sentem culpados com a separação, satisfazerem todos os gostos de seus filhos, tendo dificuldades em dizer não a eles e mimando-os excessivamente, como se isso fosse minimizar seu sentimento de culpa ou fazer com que seus filhos o amem. 

Para que o pai possa estabelecer e manter um relacionamento saudável com seus filhos pela vida afora, é importante que esse contato seja de qualidade ou seja, que ele esteja presente e mantenha atividades junto com seus filhos: conversar, brincar, ver filme junto com eles, etc. 

Também é importante dialogar com eles a respeito do dia a dia deles, como estão na escola, verificar suas lições de casa, saber dos amiguinhos e, porque não, promover passeios junto com os filhos e os amiguinhos deles. 

No caso dos amiguinhos dos filhos terem pais separados, é interessante que todos estes pais se reúnam de vez em quando e troquem experiências entre eles e que estejam junto com os filhos. 

Uma idéia seria promover um churrasco, uma partida de futebol (time dos filhos contra o time dos pais), viagem no final de semana, etc. 

Saliento que, mais importante do que o tempo dispendido com os filhos, é a qualidade deste tempo com eles. 

Muitas vezes, meia hora de conversa e atenção exclusiva para os filhos é muito mais efetivo do que passar um dia todo sem ao menos conversar com eles, apenas embaixo do mesmo teto. 

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