Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Conheça mulheres que caminham na contramão da maioria.
E garantem que essa história de instinto materno é uma grande balela
Segundo dados do IBGE de 2008, em 1997 os casais sem filhos eram
apenas 997 mil. Em 2007, o número deu salto imenso: passaram a ser 1,94
milhão.
A economista Paula Carvois, 28 anos, é casada há 4 anos com o engenheiro
carioca João Pedro Alvarenga, 32 anos. O namoro começou na adolescência
e desde antes de pensar em casório ela sempre deixou muito claro que a
maternidade não seria bem vinda. "Nunca pensei em ser mãe e sempre
falei sobre isso com o João. Até achei que poderia mudar de idéia,
mas isso não aconteceu", conta ela. No começo, o marido e ela conversaram
bastante sobre o assunto e ele entendeu a decisão sem muitos traumas. "É
um direito dela e eu concordei. Nós não precisamos de filhos para sentir
que a relação está completa ou que somos uma família", garante.
Renda dupla sem família
Paula faz parte de uma tendência que cresce a cada ano no Brasil e em
alguns países pelo mundo. . Quase o dobro. Nos Estados Unidos, onde
os casais que optam por continuar vivendo apenas a dois são conhecidos
como 'dinks' (sigla para "double income and no kids" – "renda dupla e nenhuma
criança"), o fenômeno começou já na década de 90. O casamento com filhos
está deixando de ser um padrão com tanta obrigatoriedade entre as famílias.
Ana Piccioli, 35 anos, e Roberto Piccioli, 41, são donos de três
lojas de material de construção na cidade de Porto Alegre. Os dois acordam
todos os dias as 5h30 da manhã e só voltam pra casa depois das 21h. A rotina
diária puxada devido ao excesso de trabalho tirou de uma vez por todas
a vontade do casal ter um filho. "Você gasta muito com uma criança. Tempo
e dinheiro. É muito difícil utilizar o sistema público de saúde e ensino,
não há disponibilidade de locais para deixar a criança enquanto você trabalha,
sua rotina precisa ser alterada com a chegada de um bebê. São inúmeros
fatores que pesam na hora da decisão. E a gente não quer mudar a nossa
vida por isso", explica a empresária.
Ou isto ou aquilo
"Muitas mulheres que não querem ter filhos pesam o fato de que, para tê-los,
terão de abrir mão de uma série de fatores, deixando de lado muitas
coisas da sua vida para viverem em função das crianças. Fora todo o trabalho
que se tem para cuidar de um filho", explica a psicóloga Olga Tessari.
É também por não querer deixar de lado os poucos momentos que têm para
desfrutar juntos que Ana e Roberto também não pensam em trazer um bebê
para o mundo. "A gente teria que trabalhar dobrado pra sustentar um filho
e isso tiraria os poucos momentos que temos para aproveitar a nossa vida.
Ter uma criança para deixá-la o dia inteiro na escola, o final de semana
com a avó e as férias num acampamento não dá. Preferimos curtir a vida
só nós dois", conta Roberto.
Mas nem sempre a questão financeira é o que influencia a decisão dos casais.
Talia Moreno, 32 anos, mora há 6 anos na Suíça e trabalha como gerente
em uma multinacional. Com uma renda mensal em torno de 15 mil reais (sem
contar os ganhos do marido), ela tem boas condições para engravidar – mas
nem pensa em encomendar um bebê. "Eu sei que tenho grana para ter filhos.
Mas não quero. Tem gente que me chama de egoísta e acha isso um grande
absurdo. Dizem que uma hora o instinto materno vai bater. Bom, até agora
ele parece estar bem longe. E eu não vou abrir as portas pra ele", ri a
gerente de mercado. Cada um na sua Decisões como essa muitas vezes não
são bem aceitas pela família. E causam confusão sempre que o assunto aparece
na mesa de jantar. "Todo Natal é sempre a mesma coisa: tias que falam que
tenho que mudar de idéia, minha vó pedindo um bisneto, meu pai tentando
me convencer. No começo eu me irritava com isso. Agora já levo na brincadeira
e faço até piada. O mundo já tem gente demais. Não vou contribuir com esse
excesso de pessoas", ri Talia.
A psicóloga Olga Tessari afirma que essas cobranças acontecem o tempo
todo. "Primeiro vem a pergunta-cobrança: quando você vai namorar? Depois,
quando você namora, vem o próximo questionamento: quando você vai se casar?
E depois do casamento, vem a pergunta final: quando é que você vai ter
filhos?", diz, listando as situações bastante comuns na vida das mulheres.
Aqueles que consideram ter um bebê algo fundamental e parte natural do
processo de amadurecimento da mulher irão estranhar esse tipo de atitude.
Mas a psicóloga Olga Tessari alerta: "Essa mulher não deve se irritar
nem evitar o contato por conta dessas cobranças, mas deve entender
que cada pessoa tem o seu ponto de vista particular e que vai agir no sentido
de fazê-la pensar da mesma forma. É importante ser paciente e firme para
que as pessoas entendam e respeitem a sua decisão de não ter filhos".
Matéria publicada no site IG Delas por Glycia Emrich em 11/07/2009
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