Olga Tessari

Barril de Pólvora

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Pessoas que têm pavio curto! 

Ao longo de nossa vida, provavelmente esbarramos, ou, ainda, corremos o risco de esbarrar com pessoas que parecem levar uma carga de dinamite embaixo dos braços. E que não se tratam dos cupinchas do Bin Laden e nem dos homens-bombas, que explodem em prol da causa palestina, mas sim de indivíduos que estão sempre prestes a reagir como se fossem um deles: ao menor sinal de divergência detonam a carga explosiva e, sem cerimônia, mandam tudo para os ares. Pessoas conhecidas, principalmente nas rodinhas de conversa que se formam nas suas costas, como o famoso "pavio curto". 

Para ilustrar a questão, podemos dizer que as criaturas de pavio curto são aquelas que, ao notarem que não estão agradando, sacam imediatamente as duas pedras que trazem na manga para qualquer eventualidade. Coisa que, no caso dessas pessoas, nunca falta. Nem que a eventualidade seja fabricada. "Eu namorava um cara que bastava eu dizer que era azul e ele achar que era verde, que começava uma discussão. E estas brigas sempre começavam por motivos fúteis e evoluíam para a lavação de roupa suja", relata a arquiteta Vivian Britto. 

Ninguém gosta de ser vítima de um bombardeio, principalmente se os motivos forem os mais tolos possíveis. Acontece que essa personalidade inflamável pode ser um disfarce inconsciente para mascarar problemas e dificuldades. O publicitário Rômulo Cardoso assume que carrega dentro de si uma dinamite acesa. "Eu sei que exagero às vezes e atribuo essas minhas reações a um conjunto de fatores como pouca paciência, estresse, excesso de trabalho... Mas tenho tentado me controlar para não ficar com fama de grosso e maluco", confessa ele. A psicóloga e psicoterapeuta Olga Inês Tessari afirma que esse comportamento pode estar realmente ligado a problemas pelos quais a pessoa esteja passando. "Problemas em geral geram muitas tensões e é comum as pessoas utilizarem "válvulas de escape" para tentar diminuir a tensão. Algumas choram, outras se isolam, outras tantas praticam exercícios físicos, outras comem em demasia e outras ainda arrumam brigas e confusões apenas para aliviar a tensão por meio de uma discussão", descreve ela. 

No entanto, desfrutar da companhia desses, que devem se achar os próprios "deuses da chuva", já que por qualquer coisinha saem logo fechando o tempo, não é fácil. "É muito chato ter que conviver com gente que nos obriga a pisar em ovos o tempo todo. Meu namorado é assim, nunca sei se vou agradar ou não. Ele faz tempestade em copo d' água até pelo filme que vamos assistir, é uma eterna batalha nosso convívio", desabafa a gerente de marketing Tatiana Souza Dantas. Segundo a psicóloga Olga Inês, não são apenas as dificuldades do cotidiano que colaboram para o eminente show de raios e trovões do nervosinho. "O pavio curto de algumas pessoas se deve à educação familiar. Geralmente, são pessoas criadas sem limites, que tiveram sempre os seus desejos satisfeitos e que, por isso, têm dificuldade de lidar com os limites da vida. Não costumam ser contrariadas e, quando são, não sabem lidar com a contrariedade ou com a frustração", explica a psicóloga. 

E o que fazer para convencer estas seres humanos que estamos em franco processo de desarmamento mundial? A psicóloga responde que o primeiro passo é tomar consciência de que nem tudo é como gostaríamos que fosse. "A pessoa tem que entender que problemas existem para serem resolvidos e que provocar brigas por nada gera ainda mais problemas no relacionamento com as pessoas em geral, o que pode fazer com que elas evitem estar na presença da pessoa de pavio curto, provocando um isolamento forçado", avalia Olga Tessari, complementando que um acompanhamento psicológico para estas pessoas que não sabem lidar com a contrariedade também é bem-vindo. 

Portanto, se você é obrigado a conviver com alguém com esse perfil, ou escolheu isso para si, sua função é procurar não alimentar brigas, esperar a pessoa esfriar a cabeça e na hora de conversar, para mostrar que ela está exagerando, é bom já ter se embriagado de generosas doses de paciência (dupla e com gelo). Assim, quem sabe, você ganha a parada... 

Matéria publicada no site Bolsa de Mulher por Marcella Brum

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