Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Doença é mais difícil de ser diagnosticada nos idosos
"Não saía sozinha de casa e quando isso acontecia, eu voltava depressa. Tive
gastrite, tremedeira." Quem lê esta frase pensa que essa pessoa sofreu
um seqüestro ou foi vítima de um assalto. Poderia até ser. Mas, o que Dirce
Soncini Zaffani, 64 anos, relata é a sua depressão.
Após seis meses da morte do marido os primeiros sintomas começaram a aparecer.
Problema de pressão, noites sem dormir, dor na coluna e a perda de
30 quilos. Na época, nove anos atrás, Dirce foi tratada por um geriatra
que lhe indicou medicamentos e vitaminas. Foram dois anos lutando contra
a depressão. Hoje, Dirce orgulha-se em dizer que "está bem melhor."
O caso da aposentada é apenas um dos milhares que existem por aí. No entanto,
por ter sido reconhecida de forma rápida, a doença pôde ser controlada
mais facilmente.
O psiquiatra geriátrico Cássio Bottino diz que os idosos podem apresentar
algumas características que dificultam o diagnóstico da depressão. "Eles
não se queixam tanto de estar triste. O mais comum é o idoso se queixar
de dores pelo corpo, dificuldades físicas e incapacidade, do que propriamente
se dizer triste ou deprimido", revela. Foi assim com Virgínia Vigorito,
78 anos. Ela sentia dores nas costas e pensava que estava com algum problema
no pulmão. Além disso, também tinha palpitações. O médico que a acompanhava
detectou possíveis sintomas depressivos e a encaminhou a um psiquiatra.
A aposentada lembra que reagiu de forma negativa. "Eu não estava louca
nem deprimida", afirma. Mesmo com a explicação de que era só para "por
os nervos no lugar", Virgínia não se convenceu. Essa negação diante da
doença pode acontecer de acordo com Bottino. O médico afirma que o idoso
não se reconhece deprimido.
A depressão na melhor idade é chamada de multifatorial. Ou seja,
diversos fatores contribuem para desencadear a doença: mudanças na renda
(porque a pessoa se aposenta), os filhos saem de casa, alteração de papel
social, morte de parentes. Além do mais, existem, do ponto de vista biológico,
modificações estruturais do cérebro e dos neurotransmissores. Estes, comuns
no envelhecimento, podem predispor a depressão, informa o psiquiatra.
No entanto, é possível prevenir a doença. De acordo com a psicoterapeuta
Olga Tessari atividades físicas e que tragam prazer são fundamentais. "Os
grupos da terceira idade são fundamentais porque o idoso encontra gente
parecida com ele, com valores, usos e costumes semelhantes. Quando encontra
pessoas semelhantes, ele se sente muito bem, é um antídoto contra a depressão",
ressalta Olga Tessari.
Dirce freqüenta há seis anos um grupo desses. "A gente se distrai", garante
a aposentada que já participou de inúmeros passeios. Hoje, recuperada,
dá o seguinte conselho para quem possa estar passando por um estado depressivo:
"procure tratamento, não se deixe abater porque senão você pode até morrer."
Segundo Bottino, é comum os pacientes, depois de melhorarem um pouco,
não quererem mais se tratar. O médico também esclarece o papel da família
nesse momento. "A família pode insistir para que o idoso se trate. Esse
é um aspecto importante porque às vezes o idoso não quer se tratar ou acha
que isso não é relevante", explica. Além disso, depois de iniciado o tratamento,
deve-se persistir para que a pessoa tome a medicação de maneira adequada
e também estimulá-la, a medida que vai melhorando, para que volte a desenvolver
atividades que ela tinha antes.
A psicoterapeuta Olga Tessari afirma que o maior desafio do profissional
que cuida de um paciente depressivo é encontrar alguma coisa que o
motive para a vida. Isso porque "eles pensam que seu problema não tem solução,
só lhes resta a morte". Dirce e Virgínia asseguram que nunca pensaram em
desistir de viver. "A gente precisa levantar", completa Dirce.
Matéria realizada pela estudante de Jornalismo Glaucia Koga em dezembro/2006
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