Olga Tessari

Autoestima

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

O grau de satisfação entre você e o mundo pode determinar seu sucesso, na vida pessoal ou profissional.

Portanto, conheça sua autoestima e cultive-a.  

Acredite, com isso, mais da metade dos seus problemas estarão resolvidos. Você merece ser feliz? Por quê? Se tiver a resposta firme, coerente e rápida, já é um bom sinal que a sua relação com a autoestima está indo muito bem, obrigada. Mas, antes de tudo, tenho de dizer que essa sensação intocável nada mais é do que a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si, de se sentir capaz de enfrentar os desafios da vida. Além disso, o conceito está ligado a saber expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos. E isso inclui dizer não. 

Trocando em miúdos: é ter amor-próprio. "Quem o tem não quer fazer mal a ninguém, mas pensa em si primeiro. E fique tranquila: isso não é egoísmo", explica a psicóloga e terapeuta familiar Olga Tessari. A verdade é que poucos se detêm de fato sobre o que é e como elevá-la a um nível saudável e preservá-la. Dessa forma, muitos passam a vida recebendo e se contentando com bem menos do que têm direito, repetindo comportamentos negativos e mantendo relações com pessoas nocivas sem nem sequer terem consciência disso. E o pior: achando que a vida é assim mesmo (um sinal de atitude conformista) e que tem gente passando por coisa pior. 

Sim, existem inúmeras pessoas passando por problemas difíceis, mas cada um que resolva a sua própria sorte. O que falta, muitas vezes, é atitude de mudança. 

E isso foi fundamental no caso da publicitária e jornalista Gisela Rao, que conta em depoimento a sua experiência (página ao lado). Em resumo, depois de uma sequência de namorados rejeitadores, ela decidiu descobrir que ímã é esse que atrai tais tipos e concluiu que o problema era com ela e sua bendita autoestima.  

Segundo os especialistas, esse sentimento de bem-querer por nós mesmos nasce na infância e está diretamente ligado à forma como fomos criados e nosso papel dentro da família. Portanto, pense duas vezes no que vai dizer para os pequenos, porque as palavras ditas sem cuidado podem ecoar por décadas na cabeça do adulto no qual ele vai se transformar. 

"Tenho pessoas de 60 anos no consultório que, quando começam a falar das críticas recebidas dos pais, choram até hoje. Em alguma parte delas ainda é aquela criança", explica Olga Tessari. 

Segundo Olga Tessari, a questão da autoestima parece ser mais complicada para as mulheres por uma questão cultural. "Fomos feitas para servir o homem até pouco tempo atrás. Nós tínhamos que agradar primeiro o pai e depois o marido, que nos sustentavam. Disso dependia nossa sobrevivência", lembra a terapeuta. Para ela, também há solução. 

A boa notícia é que, segundo os psicólogos, todos têm o poder de reverter essa situação. No entanto, os casos mais complicados podem exigir o auxílio de um profissional, como adverte Olga Tessari. "Quando a autoestima se apresentar em um nível baixíssimo, a pessoa se vê de forma muito negativa, tem muitos medos e mágoas, precisará de ajuda, para voltar ao eixo". 

Mas é preciso ter atenção redobrada e, nesse caso, diariamente, como acrescenta Margareth: "A autoestima precisa ser cultivada da mesma forma que o amor pelos outros, lembrando que, se você não fizer isso consigo, dificilmente saberá repassar. E é preciso saber mantê-la porque não é algo estanque". 

É óbvio que não se trata de algo estável. "Ela oscila de acordo com as situações que vivemos e o equilíbrio emocional. Uma pessoa com boa autoestima, ao sofrer perdas, pode vê-la diminuída, mas por um tempo menor porque tem uma base de amor-próprio construída. Assim, os problemas nos desestruturam por menos tempo", comenta Rosemeire Zago. "Trata-se do quanto eu tenho consciência do meu valor, o conceito que tenho de mim e me aceito. E isso interfere em tudo: se não gostar de mim, não conseguirei me estabelecer e me tornarei vulnerável."  

Mãos à obra 

De acordo com os especialistas, todos nós precisamos alimentar a autoestima diariamente. 

Seguem algumas dicas para ajudar nessa tarefa. 

•Autoconhecimento: essa talvez seja a mais importante. Comece com uma redação com o tema: Quem Sou Eu? Nela, descreva tudo para si: do que gosta, o que evita, agruras, desejos... 

•Faça uma lista das suas qualidades. 

•Habitue-se a escrever sobre seus sentimentos, caso não haja uma pessoa confiável com quem possa desabafar. Ou comece um diário. Este é um instrumento que auxilia muito a nos conhecer. 

•Em uma folha de papel, enumere atividades que não gosta de fazer e tem feito. Depois, enumere as que gosta, mas não faz. Faça mais duas listas: uma com aquilo que dá prazer em fazer e tem feito e outra das coisas de que não gosta e não faz. Esse exercício, que parece simples, mas não é, serve para identificar como se sente no momento atual de sua vida. 

•Aprenda a dizer não. Comece com coisas simples e pequenas do dia a dia, como rejeitar um doce oferecido por alguém, quando está de dieta e normalmente você aceitaria para não ser desagradável. À medida que ouvir seu não e se ver respeitada, se sentirá mais forte. 

•Evite dar importância à opinião alheia. 

•Insira em sua agenda, todos os dias, momentos de lazer para se descontrair ou fazer algo de que gosta muito. Pode ser o café com o amigo, a academia, uma caminhada pelo bairro, um telefonema para alguém que você ame e lhe faz bem, ou ler algumas páginas de um bom livro. 

•Lembre-se: ter uma autoestima saudável não significa que não terá mais tristezas. Problemas fazem parte da vida, mas quem está em dia com o amor-próprio vai atrás da solução e não fica parado se lamentando. 

•Vale cuidar da boa aparência, fazer as unhas, compre uma roupa nova, vá ao cabeleireiro. Mas a vaidade é apenas uma parte da autoestima, que é bem mais ampla. 

•Comece a prestar atenção em seus sonhos: escreva-os ao acordar e veja se eles têm alguma mensagem do seu inconsciente sobre seu momento atual. 

•Observe a forma como se comporta e converse consigo mesma com carinho e consideração, como faria com uma amiga. 

•Trate-se com a delicadeza que dedica àqueles a quem ama. Vai tomar banho? Passe o sabonete no corpo de forma carinhosa. Olhe para si com gentileza, destacando o que tem de belo e admirável. Aprenda a se cuidar e a se tratar de forma amorosa. 

•Abrace-se quando estiver triste e se pergunte porque está se sentindo assim. Aprenda a se acolher. Todos acolhem os outros, mas geralmente não se acolhem. 

Matéria publicada na Revista Uma por Cleo Francisco em 01/06/2012

Outros textos disponíveis para leitura: 

Adolescência -  Amigos/Grupos -  Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão

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