Confrarias são ótimas oportunidades para quem quer ter um momento de lazer e diversão 

Fazer parte de uma comunidade que tem interesses semelhantes e se reunir para momentos de diversão e prazer pode parecer uma realidade distante para quem mantém uma agenda lotada e convive com a correria diária nas grandes cidades. 

Mas se para você sentar com os amigos para degustar um bom vinho ou jogar emocionantes partidas de futebol de mesa é algo impensável, está na hora de rever a sua rotina. Por todo o país estão espalhadas centenas de confrarias que têm um mesmo objetivo: a satisfação em agrupar pessoas para debater e apreciar algo em comum. 

Segundo a psicóloga Olga Tessari, ser participante de um grupo traz a certeza de não se estar só, de que existem outras pessoas que partilham dos mesmos interesses. Isso promove o aumento da autoestima, da segurança e da autoconfiança, fatores fundamentais para o bem-estar emocional. 

Vale lembrar que essas reuniões não são exclusividades do homem moderno. Há 3500 anos a.C. já existiam as Tabernas, um lugar onde os homens se encontravam para saborear cervejas e outras bebidas alcoólicas. 

É o que acontece na Confraria Amigas do Vinho, fundada em 2003. Hoje a confraria conta com grupos em diversos estados brasileiros, cuja principal missão é reunir e aproximar a mulher do vinho de forma lúdica, descontraída, moderada e com aprendizado. Os encontros das confreiras são mensais e itinerantes. A cada reunião elas conhecem uma vinícola e degustam os vinhos. As despesas são cotizadas entre as participantes. "Hoje somos mais de 8 mil espalhadas pelo Brasil e no exterior", comemora a presidente nacional Maria Lúcia Rodrigues. 

Agrupar pessoas que buscam um prazer em comum foi o pensamento de apreciadores de cachimbo do Rio Grande do Sul ao criarem a Confraria Gaúcha do Cachimbo (CGC), fundada em 2008. O objetivo dos confrades é contribuir para o desenvolvimento e divulgação da arte de fumar cachimbo. Na CGC são organizadas competições de queimada lenta em nível regional e nacional, intercâmbios com organizações que tenham fins e objetivos sociais semelhantes ao da confraria e dar aos confrades condições favoráveis na comercialização de cachimbos, tabacos e acessórios. "Promovemos reuniões mensais em bares, restaurantes e na casa de alguns confrades. Temos hoje 80 integrantes por todo o Brasil e América Latina", conta o presidente Luis Graciano. 

Assim como a CGC, muitas confrarias buscam manter vivas algumas práticas do passado. Na Confraria União pelo Futebol de Mesa, 30 membros ativos participam de competições, que abrangem pessoas dos oito aos 80 anos. A ideia é desenvolver uma opção de esporte e lazer, mantendo um espaço para a prática do futebol de mesa, congregando jovens, adultos e crianças. As reuniões acontecem às terças-feiras, onde são disputados partidas dos campeonatos e amistosos. "Além das atividades competitivas, a confraria realiza encontros de confraternização, com a participam de personalidades do esporte, amigos e familiares", explica o Coordenador Geral Celso Gonzatto. 

Assuntos mais delicados como religião, por exemplo, também têm suas reuniões para estudar a bíblia e fazer debates sobre os temas. É o caso do Grupo Santa Rita, formado por 12 casais que se encontram todas as terças-feiras, participam de festas de confraternização entre os membros e passeatas em defesa da família. "Reunimo-nos algumas vezes na casa de algum casal para nos divertimos e conversamos sobre nossas experiências de vida", fala a coordenadora da Pastoral Familiar, Célia Contri.   

Até as redes de restaurantes não ficaram fora dessa prazerosa mania. A ClickSushi, especializada em culinária japonesa tradicional, oferece na Confraria do Sushi uma oportunidade aos confrades e confreiras de conhecer novas receitas que serão incorporadas ao cardápio nacional. Na ocasião, a unidade fraqueada disponibiliza uma degustação direcionada a cada participante. 

Gostou? Que tal montar a sua própria confraria? 

Reúna os amigos em torno de um assunto de interesse geral e viva momentos de muito prazer. 

Matéria publicada na Revista Sua Escolha com a colaboração de Ana Carolina Contri em março/2011

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