Transa no escritório - O poder da sedução feminina
Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Fantasias e desejos
Muitas pessoas alimentam a fantasia de transar com algum colega de trabalho no próprio local onde, a princípio, é destinado a realizações profissionais. Em uma pesquisa divulgada no ano passado pela revista Playboy norte-americana, mais de dez mil pessoas afirmaram que já transaram com algum colega de trabalho no próprio escritório. A pesquisa revelou ainda que, em cada três mulheres, duas têm fantasias eróticas com algum colega de trabalho, e 20% das entrevistadas já mantiveram relações sexuais com um estagiário.
De acordo com a psicóloga Olga Inês Tessari, essa vontade que a mulher tem em se relacionar sexualmente com algum colega de trabalho, no próprio escritório, vem em função do poder que ela exerce. "É um pouco da questão cultural. Elas, provavelmente, exercem um tipo de cargo que lhes permite ter um certo tipo de poder. Esse tipo de assédio acontece também com os homens", avalia Olga. Para os subordinados, normalmente, não resta nada a fazer.
Para manter o emprego e, até mesmo, conseguir uma promoção, eles cedem às pressões de sua chefe. "Eles querem subir na empresa, almejam cargos mais altos daqueles que se encontram no momento. Nessa relação sexual, ele vê a possibilidade de conseguir os seus objetivos", analisa a especialista. Ela lembra que, geralmente, essas mulheres são decididas, aventureiras e gostam da sensação de perigo. "Para elas, esse tipo de aventura dá um sentimento maior de prazer", explica a psicóloga.
A webdesigner J.G.E., de 32 anos, conta que já usou do seu poder para seduzir um de seus subordinados. "Era responsável por um departamento de uma empresa de publicidade. Um dos estagiários era um homem maravilhoso, seduzia a toda e qualquer mulher. Não perdi a oportunidade", lembra. Ela relata que, depois de uns "amassos" no almoxarifado, eles transaram na sala dela. "Foi uma sensação de perigo maravilhosa. Transamos mais algumas vezes na empresa e, depois vimos que estava ficando perigoso demais, deixamos o caso de lado", revela J.G.E. A sensação pode até ser boa, no entanto, se o casal for flagrado durante a relação, Olga Tessari lembra que ele pode ser demitido por justa causa. "É melhor não arriscar", aconselha.
Matéria publicada no site BrFree por Renata Galdino em 2002
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