Olga Tessari

É muita areia

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Estar ao lado de alguém que literalmente fecha o comércio, não é uma situação das mais confortáveis. 

Só que a apunhalada no ego pode se tornar ainda mais contundente quando o evento em questão é justamente o seu par. Pois é, ter insegurança e ciúmes da pessoa que se gosta é mais do que natural. Mas pode se tornar um verdadeiro calvário quando a criatura, que arranca suspiros seus (e da galera), faz com que a máxima é muita areia pro meu caminhão não pare de martelar na sua cabeça e, pior, na tal da autoestima (sempre ela!). 

Como qualquer troféu, pegar e carregar embaixo do braço aquele cara que é considerado um Apolo, deixa qualquer uma com a alma lavada. Só que andar com ele por mais tempo do que o previsto pode fazer com que seu grande prêmio se transforme num fardo. Foi o que aconteceu com a analista de sistemas Luiza Marques. "O Rodrigo é lindo demais. No início achei bárbaro ficar com ele, deixei minhas amigas de queixo caído. Mas quando comecei a gostar dele e via o assédio que rolava em cima, fiquei histérica. Não podia largá-lo nem para ir ao banheiro, porque quando eu voltava era certo de ter uma perua dando em cima", conta ela, indignada. E esse complexo de veículo de pequeno porte pode passar como um trator atropelando a auto-estima. "Eu olhava para meu ex-namorado e pensava: ele é bonito demais para mim. Isso gerava uma sensação de inferioridade horrível. A qualquer lugar que nós fôssemos, se tivesse uma mulher que eu achasse bonita, passava o resto do programa me corroendo de ciúmes", confessa a vendedora Aline Barros. 

No entanto, por mais que se faça relações infames da falta de intimidade das mulheres com os veículos, homens também são acometidos pelo complexo do caminhão, e com um agravante: por se acharem fortes, não gostam de assumir que a beleza da moçoila que desfila com ele tem mais metros cúbicos que seu ego pode suportar. "Namorar mulher muito bonita dá dor de cabeça. Das duas uma: faz papel de mané e deixa todo mundo ficar olhando pra sua mulher ou vai ter que se aborrecer constantemente", acredita o professor de educação física Ronaldo Cardoso. Esse discurso, por mais machista que possa parecer, encontra coro na bancada feminina. "Eu já namorei um cara gato demais e era um saco. Ele tinha o ego lá nas alturas, se achava o bom. Era insuportável! Sei que grande parte da culpa era devido à minha insegurança, acrescida do reforço das outras que não paravam de babar e dele mesmo, que tinha espelho em casa. Entre a beleza dele e minha paz de espírito, fiquei com a segunda opção", conta a arquiteta Verônica Santoro. O economista Ricardo Lopes tem as mais feias impressões sobre as belas. "Você já viu pobre com mulher bonita? Agora, velho-caquético-endinheirado tem sempre uma a tiracolo. Eu acho que a mulher usa a beleza como mercadoria de troca, por isso que namorar mulher bonita demais faz você mais cedo ou mais tarde virar corno. Sempre vai aparecer um mais vantajoso", argumenta ele. 

Só que nem todos acham horripilante se relacionar com beldades. Muita gente, pelo contrário, adora saber que detêm o objeto de cobiça do público. "Eu só gosto de homem bonito. Nada melhor do que abrir os olhos durante o beijo e ter aquela visão. Ao passo que se tivesse que namorar um homem feio ia querer andar até vendada ou vendar os outros", brinca a comissária de bordo Sabrina Falk. Mas independente do peso da beleza do parceiro ou do motivo que gera esse frisson em torno dele, a psicóloga Olga Inês Tessari diz que não há nada melhor do que uma bela autoestima. Se a pessoa tem uma boa auto-estima, ela pode namorar uma outra bonita ou feia que isso não vai afetar. Só que ela tem que estar ciente que quando se relaciona com alguém que é alvo da atenção dos outros, o assédio é inevitável. Isso pode acontecer com gente bonita, famosa ou rica, faz parte e a ela só cabe aceitar, comenta Olga Inês Tessari. 

A psicóloga alerta ainda que o motivo de preocupação não deve ser os outros e sim o parceiro. Deve-se avaliar como está o relacionamento para perceber se o companheiro, mesmo que assediado, se dá ao respeito e respeita quem está ao seu lado. Constatado isso, a pessoa deve reconhecer que não há porquê toda essa insegurança e com isso razões para minar a relação, adverte. E, além do mais, o que é bonito é para se olhar. E olhar não tira pedaço... por mais que doa no acompanhante, claro. 

Agradecimentos: Dra. Olga Inês Tessari - Psicóloga e Psicoterapeuta Tel: (11) 2605-6790 - www.ajudaemocional.com

Matéria publicada no site Bolsa de Mulher por Marcella Brum

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