Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Mulheres com carro e carteira de habilitação não conseguem superar o medo
de dirigir
Edinalva dos Santos preferia sair de casa como carona a pegar seu
próprio carro. "Mesmo tendo carteira, em três anos, dirigi sozinha apenas
uma vez", conta a profissional de qualidade. Mas o medo foi além. "Como
gastava muito dinheiro pegando ônibus, resolvi vender meu carro e comprar
uma casa mais próxima ao trabalho".
A carteira de habilitação não faz com que os motoristas se sintam
mais seguros no trânsito. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada
100 indivíduos, 6 têm medo de dirigir. Mas com a procura de um tratamento
específico, 90% dos casos são revertidos.
Rogério Souza também passou por situações semelhantes. "Sentia que todo
mundo estava olhando para mim e para meu carro, comentando o quanto
eu dirigia mal", lembra o engenheiro eletricista. Mesmo reprovado na primeira
prova para tirar sua carteira, ele conseguiu na segunda tentativa. "Nas
duas vezes eu estava apavorado. Mas no fim deu tudo certo", diz.
As sensações dos dois personagens eram parecidas. Rogério suava muito
e sentia seu coração acelerado. Edinalva não fugiu desse quadro. "Sentia
tremores e horríveis sensações. Nem ligar o carro eu conseguia, porque
tremia e passava mal", recorda. Ela diz que as causas para sua insegurança
foram o perfeccionismo e a ansiedade. "Eu não dirigia por não me permitir
errar. A partir do momento que eu passei a aceitar que somente quem erra
pode acertar, consegui reduzir a ansiedade e dirigir", afirma.
Dando a volta por cima
Depois de procurarem ajuda profissional, ambos conseguiram dirigir normalmente.
O engenheiro eletricista exibe seu progresso. "Quando comecei a pegar
estrada e dirigir no trânsito, ficava cada vez mais surpreso com o que
era realmente capaz de fazer", diz. Os sentimentos também mudaram em relação
ao automóvel. "Ainda ficou um receio de dirigir em lugares de muito tráfego,
mas na hora que é preciso eu esqueço o medo. Quando começo a dirigir eu
sei que até este receio some", declara feliz.
Edinalva diz quando dirige eleva sua autoestima. "Quando estou sentada
no banco de motorista tenho uma sensação de liberdade e de superação,
mas é estranho. Ainda não assimilei que superei o trauma. Ainda assim,
é um sentimento muito bom de vitória", conclui. Quando procurou uma clínica
que a ajudasse a superar o medo de dirigir, Edinalva teve como sua primeira
tarefa andar um quarteirão. "Quando comecei, chorava em todas as aulas.
Mas na hora do primeiro trajeto, acabei errando. Deveria andar apenas um
quarteirão e acabei andando 10 quilômetros", conta vitoriosa.
Com Rogério foi diferente. "O curso funcionava como uma espécie de
terapia em grupo, onde trocávamos experiências e impressões. Eram muitas
mulheres e só três homens. Foi muito bom porque, pela primeira vez, eu
conhecia pessoas que entendiam perfeitamente o que eu sentia" recorda.
Projetos de superação
No país, existem alguns projetos para ajudar as pessoas que sofrem com
esse medo. A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) possui
um programa de extensão coordenado pela psicóloga Helena Sudrack, que funciona
em grupos que duram três meses. "Nestes encontros trabalhamos toda parte
psicológica e o controle da ansiedade através de exercícios físicos, como
o alongamento, técnicas de respiração e relaxamento. Acreditamos num trabalho
em equipe, unindo mente e corpo. Assim, auxiliamos no enfrentamento direto
ao carro. Um enfrentamento gradual e seguro", explica Helena. No momento
participam desse projeto quatro grupos de em média dez pessoas. Trimestralmente
são abertas novas vagas.
Olga Tessari, psicóloga, administradora e proprietária do site
Ajuda Emocional, realiza esse mesmo tipo de trabalho em São Paulo. "Meu curso é um trabalho
psicológico que leva as pessoas com esse problema a questionarem o seu
medo, os seus pensamentos, as suas crenças. Elas refletem sobre seu modo
de agir. Isso colabora na elevação da sua auto-estima, confiança e segurança
em si mesmas, na medida em que trabalho a diminuição da ansiedade delas",
afirma a psicóloga.
Olga já foi premiada por seu trabalho, que é realizado tanto de forma
individual quanto grupal. Ela afirma que a maioria de seus pacientes é
do sexo feminino. "Os homens deixam de procurar ajuda psicológica por conta
do preconceito e do machismo. Consideram que eles mesmos devem resolver
o seu problema. Acreditam que não devem expressar seu medo publicamente
sob pena de serem alvos de piadinhas e chacotas", diz.
A Psicóloga relata ainda que essas pessoas criam muitas desculpas para
convencer aos outros, mas não se convencem. E aos serem motivos de
piadas, agravam o sentimento de medo. "É preciso que a pessoa assuma o
seu medo e procure ajuda profissional de um psicólogo para resolvê-lo em
definitivo", explica.
Depois do tratamento, os pacientes conseguem dirigir normalmente.
"O medo faz parte da vida e serve para nos proteger dos perigos e do sofrimento.
Sempre vai existir, mas não será mais um obstáculo para dirigir. Depois
do tratamento, o motorista saberá como lidar com os imprevistos".
Matéria publicada no Jornal O Estado por Nádia Maria Albano em 28/05/2008
Medo de Dirigir - Adolescência - Amigos/Grupos - Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão
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