Olga Tessari

Ciumentos demais!

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Ciúme é amor? 

O romancista e dramaturgo espanhol Miguel de Cervantes afirmou certa vez que, "os amantes que confiam no ciúme para preservar o seu amor, ou são demasiado ingênuos ou são confiantes em demasia". A frase do poeta morto em 1616 ganha maior respaldo e sentido ao se perceber a dificuldade em definir a linha tênue que separa o ciúme dito "normal" de seu estágio patológico. 

O principal sinal para essa descoberta é refletir se a desconfiança no parceiro não está alterando a rotina do casal ou ainda causando sofrimento a um dos parceiros, explica a psicóloga Olga Tessari. O ciúme até pode ser visto como sinal de amor de um dos companheiros pelo outro, afinal o medo de perder o ser amado é compreensível e até desejado em algumas ocasiões. "Mas o importante é ter bem claro a percepção de que quem ama quer ver a outra pessoa feliz". 

Pessoas ciumentas são, em geral, inseguras e com baixa autoestima, por isso a terapia comportamental é um bom caminho para quem quer mudar. "O medo de ser traído, para alguns, é tão forte que vira um empecilho para o sucesso da relação. É preciso se ter em mente que a pessoa que está tendo um relacionamento contigo está com você porque ela quer e não porque você a vigia o tempo todo e não tem como ela fugir". 

A especialista explica ainda que a preocupação deve ser em manter sempre a conquista com o companheiro e que atitudes de posse podem acabar por afastar a pessoa amada, que é o maior pesadelos dos ciumentos. "O medo faz parte da vida de qualquer ser humano. É obvio que há o medo de ser traído, especialmente quando a pessoa já sofreu com isso em experiências anteriores, mas com cautela cada um pode buscar formas de descobrir se pode confiar no parceiro atual ou não". 

O ciumento vê ameaças de perder a pessoa amada por todos os lados. Daí terem início as cobranças, brigas constantes, responsáveis por fazer com que a vida dos dois se transforme em uma realidade bem próxima da que imaginamos quando pensamos no inferno, tanto para quem é acusado de infidelidade quanto para quem sente ciúmes. Isso porque qualquer olhar, qualquer atitude julgada como diferente que muitas vezes pode existir apenas na mente do ciumento vira motivo de sofrimento e discussões. 

"A pessoa ciumenta tem a capacidade de fantasiar, imaginar e criar a sua própria história, tirar as suas próprias conclusões e achar que está certíssima! Nada do que disserem a fará mudar de idéia porque ela acredita em sua própria fantasia, considera real a sua história inventada. E ela alimenta esta fantasia real com pensamentos e imagens distorcidas que, por sua vez, levam a novos pensamentos distorcidos, um ciclo vicioso". 

A psicóloga aponta alguns sinais que indicam quando o ciúme pode ser considerado exagerado, como não aceitar que o parceiro faça um programa, com os amigos, por exemplo) sem a sua companhia; mexer nas coisas pessoais do seu parceiro (gavetas, armários, pastas, bolsos, carteira e celular entre outros); sentir a necessidade de saber sempre onde o outro está. Ligar para casa dos amigos para confirmar a sua presença ou aparecer no local ou preparar armadilhas. Pedir a alguém que se insinue ao seu parceiro para ver qual a reação dele; desconfiar de tudo e de todos. 

A dificuldade que os ciumentos tem em aceitar que o ciúme é exagerado é o principal entrave para resolver a situação. "Infelizmente, poucas pessoas se acham predispostas a aceitar que o ciúme excessivo é um problema pessoal e subjetivo. Poucas consideram a possibilidade de que ele não corresponda à realidade. A maioria delas não percebe que seu ciúme exagerado pode destruir um relacionamento, mesmo que nesse relacionamento exista o mais forte, puro e verdadeiro amor". 

O melhor a ser feito nesses casos em que o ciúme toma conta do relacionamento e você não consegue ver formas de eliminá-lo de sua vida, "e quando a maioria das pessoas queridas por você considera seu ciúme sem fundamento e principalmente quando você está indo contra as evidências e ainda acha que está certo, é hora de buscar ajuda profissional", por fim, alerta a especialista. 

Matéria publicada no site Gazeta Digital por Leidiane Montfort em 19/04/2009

Outros textos disponíveis para leitura: 

Adolescência -  Amigos/Grupos -  Ansiedade - Problemas de Relacionamento - Medos - Pais e Filhos - Autoestima - Depressão

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