Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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"As mulheres se arrumam para as outras".
Esta frase já caiu nas graças do povo, e é sempre utilizada para mostrar
o quanto as mulheres competem entre si. Seja por um determinado homem ou
por uma promoção no trabalho, elas estão em constante luta para ver quem
mais se sobressai. Não que esta atitude não exista nos homens, claro que
existe, a diferença está na maneira com que cada um lida com isto.
Segundo a psicóloga e escritora Olga Tessari, as mulheres se acostumaram
a lidar constantemente com a competitividade. "Desde pequena, as mulheres
competem entre si. Fosse para ver quem tinha a casa mais bonita ou a letra
mais bonita, por exemplo. Já os homens não, eles cresceram acostumados
a serem mais unidos", diz ela.
Quando uma pessoa se sente ameaçada é natural que ela tente se destacar,
seja no trabalho ou mesmo nas relações pessoais, mas é preciso cuidado.
Algumas mulheres, diante da sua incapacidade de conseguir ser melhor que
outra em algum aspecto opta por, ao invés de aceitar esta condição, denegrir
a imagem desta pessoa.
"A maioria dos homens, diante de uma situação de competição dentro
do trabalho, age de forma mais ética do que a mulher", conta Olga Tessari.
Ou seja, enquanto o homem tende a admirar seus superiores e valorizar as
qualidades de seus concorrentes, a mulher costuma tentar denegrir a imagem
das pessoas que estão competindo com ela por uma mesma vaga, por exemplo.
A competição feminina por um parceiro também ocorre, normalmente, de maneira
menos ética do que a disputa de dois homens por uma mesma mulher,
afirma Olga Tessari. "Tenho muitos pacientes que contam histórias de mulheres
que fizeram de tudo para que ele se apaixonasse, largasse a namorada e
depois de um tempo esta mesma mulher o descartou", diz ela. Em casos como
estes, o objetivo da mulher não é conquistar aquele cara pelas qualidades
dele, mas sim para ter o prazer de "roubá-lo" de outra mulher.
Mas não adianta, apesar da inveja não ser o melhor dos sentimentos, é
inevitável, uma vez ou outra, se pegar cobiçando a vaga de uma, o
namorado da outra e por aí vai. O sinal de alerta deve acender quando essa
invejinha passageira se transforma em uma obsessão. "A inveja se torna
perigosa quando a pessoa passa a dedicar todo o seu tempo e energia para
tentar prejudicar a outra", explica Olga Tessari.
Por isso, fique de olho nas pessoas a sua volta e preste muita atenção
caso seu dia-a-dia no trabalho comece a sofrer influências negativas. "Pessoas
invejosas tem o costume de sempre querer dar a última palavra, principalmente
na frente do chefe", disse ela. Em casos extremos, algumas mulheres chegam
a deletar arquivos e sumir com pastas para prejudicar a outra.
Matéria publicada no site Plástica do Sonho
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