Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
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Compra em demasia pode encobrir necessidades afetivas
As ofertas nas lojas são tentadoras. Pagamento facilitado, só para 2008,
em dezenas de vezes sem juros, bastando apresentar um comprovante de residência,
RG e CPF que a compra é efetuada na hora.
Shoppings repletos de placas 70% OFF, ou seja, com desconto, atraindo
as pessoas que estão com alguma verba a mais, principalmente por conta
do décimo terceiro, o que aumenta a movimentação financeira, o consumo,
as vendas, ficando bom para o comércio, que lucra bem.
Ocorre que, quando não há controle, essa busca desenfreada para comprar
algum produto só para mostrar que possui determinado objetivo, satisfazendo
alguma frustração com aquilo, pode apontar para um problema chamado consumo
compulsivo.
Para o psicólogo Arthur Scarpato, o consumidor compulsivo é aquele que
compra mais do que necessita, para satisfazer com o ato da compra
e de ter um objeto. "Quando olhamos mais perto vemos que estas pessoas
buscam um alívio para sensações de carência e ansiedade, e o mal-estar
é provisoriamente apaziguado com o comportamento de consumo. Porém, como
o comprar não é o que de fato a pessoa precisa, ela estará sempre comprando,
num processo que tende ao infinito", explica.
Para a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, uma coisa é a pessoa
ter dívidas por ter perdido o emprego ou alguma outra intempérie deste
tipo. "Outra coisa, bem diferente, é aquela pessoa que contrai dívidas
acreditando ser capaz de pagá-las no futuro, mesmo não tendo dinheiro disponível
no momento para isso e nem sabendo de onde virá o dinheiro para tanto",
considera.
Olga Tessari indica ainda que uma pessoa está nesse quadro a partir do
instante em que ela "compra por comprar" ou porque "o preço estava
bom", sem que tenha alguma utilidade para se servir daquilo. "Ela não se
preocupa como vai pagar, se tem dinheiro disponível para isso, vive comprando
qualquer coisa e fica impaciente e ansiosa se passa algum tempo sem comprar
nada. O ato de comprar parece 'aliviar' a sua ansiedade", diz. "A
insatisfação e a infelicidade estão muito presentes porque a alegria da
compra se esgota rapidamente e a pessoa logo sente necessidade de buscar
um novo alívio no consumo, como um drogado atrás da promessa de prazer
na próxima dose", complementa Scarpato.
Não tenho controle?
A pessoa com essa compulsividade em comprar nota o problema apenas quando
não tem mais como conseguir dinheiro e seus gastos já estão sendo cobrados
de forma tal que todos à sua volta questionem seu comportamento. Isso praticamente
a obriga a rever suas contas. "Ela percebe seu problema quando a sua compulsão
já ultrapassou todos os limites do seu crédito e, mesmo assim, muitas vezes,
ela só admite o seu problema quando seus familiares ou companheiro(a) a
pressionam ou a ameaçam de separação, de expulsá-la do convívio ou de denunciá-la",
afirma Olga Tessari.
A psicóloga aponta que uma forma de ajudar é mostrar a complexidade
do problema e como isso tem impedido que o alívio acreditado não deve chegar,
pois o ciclo da dívida nunca chega. "Muitas vezes a pessoa admite o problema,
mas não lhe dá o devido valor", alerta.
De acordo com ela, o consumo compulsivo é um estado de sofrimento psicológico
que necessita atenção e cuidado profissional, pois as pessoas que
possuem esse mal têm problemas afetivos compensados pela compra. "É como
se a pessoa tivesse um abismo de carências que ela tenta preencher com
bolsas, carros, jóias, relógios, etc., mas que nunca satisfazem porque
na verdade não é isto que está faltando. Parar e poder olhar para o vazio
interior, para as suas reais necessidades é o que vai poder ajudar esta
pessoa a interromper este ciclo perpétuo de sofrimento e ilusão", finaliza
Olga Tessari.
Matéria publicada no site do Padre Marcelo por Rodrigo Herrero em 05/12/2007
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